terça-feira, 3 de janeiro de 2017

5 Coisas que Você precisa saber sobre os Plugues

A decisão de compra de um eletrodoméstico geralmente é rápida: busca-se o aparelho desejado, lê-se o descritivo do produto – se a compra for on line – ou faz-se meia dúzia de perguntas ao vendedor, durante a visita a loja física. Voilà! Uma nova facilidade estará disponível para revolucionar o dia a dia do consumidor.

Na prática, porém, a compra nem sempre é assim tão bem-sucedida. Isso porque foge ao habitual a atenção a algo indispensável: o plugue do aparelho a ser inserido na tomada. Segundo Hilton Moreno, engenheiro eletricista do Programa Casa Segura do Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre), é recorrente o consumidor, depois de adquirir um bem, sentir-se frustrado ao perceber que o plugue do aparelho novo não encaixa na tomada que ele tem em casa ou no escritório. “Seria uma atitude simpática de fabricantes e revendedores de eletrodomésticos e portáteis identificar claramente se o plugue da tomada do equipamento é de 10 A ou 20 A”, diz o especialista.
Para estar alerta na hora da compra e na utilização do aparelho, Moreno relaciona cinco pontos de atenção.
1 – Reconhecimento do Plugue
Boa parte dos aparelhos eletroeletrônicos, aqui incluídos televisores, aparelhos de som, liquidificadores, batedeiras, furadeiras, telefones sem fio, possuem plugues de 10 A (ampères). “Ampères representa a intensidade de uma corrente elétrica e o ideal é que ainda antes da compra essa informação seja dada ao consumidor. Quando esse não é o caso, para descobrir a corrente (popularmente chamada de “amperagem”) de um eletrodoméstico, basta dividir a potência (watts) pela tensão (volts)”, explica Moreno. Outra forma de identificar a corrente é a observação do plugue. Os pinos dos plugues de 20 A têm diâmetro maior – são mais grossos – do que os de 10 A e mais usuais em eletrodomésticos de maior potência, como fritadeiras sem óleo, microondas, secadoras de roupas, aparelhos de ar-condicionado, ferros de passar roupas e alguns modelos de secadores de cabelo.
2 – Plugue de 20 A requer tomada de 20 A
Em razão do diâmetro maior dos pinos dos plugues de 20 A, não é possível encaixá-los nas tomadas de 10 A. Tentar forçar esse encaixe não é uma atitude prudente, assim como tentar resolver o problema com um adaptador com entrada de 20 A e saída de 10 A. “Esses adaptadores não são certificados!”, sentencia Moreno. Além de risco de queima do adaptador, da tomada e do aparelho, há perigo de choque elétrico e de curto-circuito, que comprometa toda a instalação elétrica da residência, afirma o consultor do Programa Casa Segura, do Procobre. “Os adaptadores poderão aquecer além de seu limite ao longo do tempo, derreter ou mesmo ser fonte de incêndios, causando danos ao imóvel e colocando em risco a integridade dos moradores da casa.”
3 – Fiação apropriada para o plugue de 20 A
A determinação da bitola apropriada dos condutores elétricos dos circuitos que alimentam as tomadas depende de alguns aspectos, tais como a potência dos aparelhos que serão ligados e o comprimento da fiação. Em algumas situações específicas, a bitola dos fios que alimentam tomadas de 10 A pode até ser a mesma de tomadas de 20 A, mas isso não é uma regra fixa. Esse cálculo deve ser realizado caso a caso por um profissional qualificado. O certo é que, conforme norma da ABNT, a bitola mínima de qualquer circuito que alimenta tomadas é 2,5 mm2.
4 – Segurança no uso de aparelhos com plugue de 20 A
Quando um eletroeletrônico possui um plugue de 20 A, a única maneira segura de mantê-lo funcionando sem correr o risco de choque ou incêndio é a troca da tomada de 10 A pela tomada de 20 A. É fácil fazer a substituição e indispensável o cuidado de desligar o quadro geral de força antes de fazer a troca. Também deve ser verificada se a bitola dos fios que chegam na tomada é adequada para o novo aparelho ou também precisará ser trocada.
5 – Plugue de 20 A com três pinos
O terceiro pino de um plugue corresponde ao condutor de proteção (“fio terra”). Por norma, todas as tomadas precisam ter três furos, mas os plugues podem variar e ter dois ou três pinos. Essa variação no número de pinos do plugue depende da classe de proteção do aparelho contra choque elétrico. Aparelhos ditos blindados, isto é, que possuem dupla isolação interna contra choques elétricos, possuem apenas dois pinos no plugue. Os que possuem apenas uma isolação interna trazem o terceiro pino no plugue para encaixe no terceiro furo da tomada. Nesses aparelhos com três pinos, sob nenhuma circunstância, o terceiro pino deve ser removido ou inutilizado. Isso anularia a proteção do eletrodoméstico contra choques e deixaria o usuário exposto ao risco.

Chuvas fortes com raios aumentam risco de acidentes com energia elétrica


A chuva incessante, com rajadas de vento e incidência de raios, vem promovendo estragos em diversas cidades do País. Durante os temporais é mais comum a queda de árvores e o rompimento de fios da rede elétrica, expondo quem está em trânsito e até mesmo dentro de casa a acidentes com energia.
Não raras vezes, as vítimas de choques-elétricos deixam de adotar comportamentos que evitam a exposição ao risco, como buscar abrigos em áreas cobertas ou evitar usar aparelhos eletroeletrônicos conectados por cabo.reduzido_shutterstock_350803748
“O perigo das chuvas fortes com raios se estende às residências porque os raios podem recair sobre a rede elétrica, gerar sobretensão e se propagar pela rede”, alerta o engenheiro eletricista do Programa Casa Segura, do Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre). Nesse caso, segundo o especialista, a rede, normalmente de 110V ou 220 V, ao receber uma descarga mais alta tem um pico de energia que percorre o cabeamento até o imóvel, ocasionando a queima de eletrodomésticos e colocando em risco de choque-elétrico quem estiver fazendo uso do chuveiro ou telefone fixo.
Para evitar acidentes e diminuir o risco de choque-elétrico durante as chuvas fortes acompanhadas de raios e ventania, Moreno alerta sobre as precauções a tomar.
Na rua:
1) Não se aproxime, sob nenhuma hipótese, de fios rompidos nem toque qualquer tipo de cabo solto ou partido.
2) Busque abrigo imediatamente, em estabelecimentos comerciais ou outras áreas de alvenaria, cobertas.
3) Não fique debaixo de árvores ou estruturas metálicas.
4) Nunca tente atravessar áreas alagadas. Caso um cabo de alta tensão tenha se rompido e ainda esteja energizado, estando na água, a pessoa poderá receber uma descarga forte. A água das enchentes conduz eletricidade facilmente e, dependendo da tensão da fiação da rede elétrica e da proximidade do pedestre com o cabo energizado o choque pode ser fatal, mesmo sem tocar na fiação.
5) Evite áreas abertas como praias, lagos, rios, parques, praças, quadras e campos de futebol durante os temporais com raios. Nessas áreas há perigo real de ser atingido por uma descarga elétrica.
6) Não toque pessoas ou objetos que estejam em contato com a rede elétrica.
7) Afaste-se de cercas e quaisquer outras estruturas metálicas. Caso não estejam aterradas e haja uma descarga elétrica, o contato com essas estruturas pode representar risco de choque-elétrico grave.
8) Caso um fio caia sobre o veículo, permaneça dentro do carro.
9) No caso de alagamentos, a casa atingida por inundação pode ter suas instalações elétricas comprometidas, com danos às partes metálicas dos dispositivos elétricos ou deterioração da isolação dos fios e cabos elétricos. Portanto, imediatamente após a inundação:
i – Desligar a chave geral do imóvel.
ii – Fazer a limpeza dos pontos de energia afetados pela água, retirando o barro e limpando interruptores, tomadas, caixas e fiações. Não utilizar água ou produtos químicos para essa limpeza, dando preferência ao uso de um pano úmido. Secar na sequência com um pano seco.
iii – Quando há incidência de raios, a rede elétrica pode ser atingida. Nesse caso, ocorrendo uma sobretensão da rede elétrica da rua, ela pode chegar às residências, ocasionando a queima de aparelhos conectados às tomadas, independente de ligados ou não.
Em casa:
1) Desligue todos os equipamentos eletroeletrônicos, retirando-os da tomada.
2) Adie o uso do telefone, da TV e da internet por cabo, pois uma descarga elevada pode percorrer essas fiações. Também não faça uso de secadores, chapinhas ou ferro elétrico.
3) Evite ligar o chuveiro elétrico, pois caso haja uma sobretensão no circuito elétrico do chuveiro, uma parte da descarga elétrica pode ser transferida para a água, colocando quem estiver no banho em risco de choque elétrico grave. A recomendação vale também para torneiras elétricas.
4) Desligue os fios de antena dos aparelhos. Uma sobretensão também pode se propagar por esses fios, danificando aparelhos eletroeletrônicos.
5) Não faça uso de secadores, chapinhas ou ferro elétrico durante.
6) Afaste-se de portas metálicas, janelas e tomadas.
7) Renove as instalações elétricas a cada 10 anos e certifique-se de que haja um sistema de aterramento adequado instalado na residência, que inclua o fio terra, além do dispositivo DPS (protetor de surto). Isso reduz os riscos de queimas de equipamentos eletroeletrônicos por surtos de tensão provocados por raios e aumenta a segurança dos moradores.

BIOGÁS DE ATERRO É ALTERNATIVA PARA GERAR ENERGIA ELÉTRICA NAS CIDADES

Resíduos sólidos no país, entretanto, ainda são um problema. Legislação prevê tratamento, mas ainda 60% dos municípios despejam seus resíduos em lixões.
ed-129_reportagem_capaRestrições ambientais estão fazendo com que a matriz elétrica do Brasil se modifique. Majoritariamente hídrica, ela vem se abrindo cada vez mais para fontes antes negligenciadas, como a eólica e a solar. O fato de usinas hidrelétricas não poderem alagar mais grandes áreas em razão dos transtornos causados à fauna, à flora e às populações ribeirinhas, fez com que essas fontes ecologicamente mais sustentáveis fossem encaradas com mais seriedade.
Nas grandes cidades, uma alternativa que ganha força é o biogás de aterro, grosso modo, gás produzido a partir dos resíduos sólidos urbanos (RSU), comumente chamado de lixo, que pode ser utilizado para gerar energia elétrica. Segundo o estudo “Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil”, desenvolvido pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o Brasil produziu, em 2015, cerca de 219 mil toneladas de resíduos sólidos por dia, o que equivale a aproximadamente 80 milhões de toneladas de RSU por ano.
A primeira questão surgida ao se pensar em utilizar o biogás de aterro para gerar energia elétrica refere-se à destinação e ao tratamento dos resíduos sólidos no Brasil. Em 2 de agosto de 2010, o Governo Federal publicou a Lei nº 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A orientação prevê a prevenção e a redução da geração de resíduos através da prática de hábitos de consumo sustentável, de um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado). Entre as propostas do PNRS está o estabelecimento de metas para a eliminação dos lixões.
ed-129_reportagem_fig-1Inaugurada no último dia 16 de setembro, a Termoverde Caieiras é a maior usina de biogás de aterro do Brasil, possuindo 29,55 MW de capacidade instalada. A Termoverde é do Grupo Solví que já proprietária de mais duas usinas deste tipo no país: a Biotérmica, situada no município de Minas de Leão, no Rio Grande do Sul; e a Termoverde Salvador, localizada em Salvador, Bahia;
Contudo, apesar desta legislação, a maior parte dos resíduos sólidos do país continua sendo despejada em lixões, sem receber qualquer tipo de tratamento. Segundo o engenheiro sanitarista, proprietário da Ciclo Ambiental, Marcos Eduardo Gomes Cunha, em torno de 60% dos municípios do país, o lixão é o destino final dos resíduos sólidos. A coordenadora do Grupo de Pesquisa em Bioenergia (GBio) do IEE/USP, professora Suani Teixeira Coelho, informa que o país apresenta mais de 1900 lixões, a maioria em pequenos municípios.
Outro complicador é que não há na lei uma cláusula que obrigue os proprietários de aterros sanitários a tratarem o gás que se origina da decomposição dos resíduos ali depositados e tampouco a exigência de utilização deste gás para a geração de energia elétrica. No começo dos anos 2000, porém, em decorrência do Protocolo de Quioto, implementou-se um mercado voltado para a criação de projetos de redução da emissão de gases de efeito estufa que contribuem para o aquecimento global. Assim, em busca destes créditos, empresas começaram a queimar em flare (tocha) o gás produzido no aterro sanitário. Este gás tem em sua composição basicamente metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2). No processo, é feita a combustão do gás e o metano é convertido em gás carbônico, que é bem menos nocivo à atmosfera.
A coordenadora do GBio destaca que todos os aterros que possuem tecnologia para fazer a captação do biogás queimam o produto em flare a fim de gerar créditos de carbono. Já a utilização deste biogás para produzir energia elétrica é bem menos recorrente. Em São Paulo, por exemplo, conforme Suani, apenas três aterros apresentam usinas termelétricas para a geração de energia: os aterros de Caieiras, São João e Bandeirantes. Estes dois últimos já desativados devido ao acúmulo de resíduos, mas que continuam gerando eletricidade haja vista que a matéria orgânica ali existente continua a se decompor e formar biogás. A capacidade instalada destes dois empreendimentos é de 20 MW cada um. Segundo a professora da USP, se todo o resíduo sólido existente em São Paulo fosse usado para gerar energia elétrica, a potência total seria em torno de 495 MW.
A capacidade de geração energética, no entanto, poderia ser bem maior segundo o proprietário da Ciclo Ambiental. “O lixo todo misturado apresenta um potencial de uma molécula de metano por quilo. Já o material orgânico apresenta um potencial de duas moléculas de metano por quilo”, explica. Ou seja, seria necessária uma melhor segregação dos resíduos sólidos para conseguir tratá-los melhor, mas o país ainda está engatinhando nisso. “No Brasil, a média de lixo reciclado é de 3%”, diz o engenheiro sanitarista. Contribui para isso, segundo Cunha, o contingente de pessoas que prestam o serviço da coleta. “Há 800 mil pessoas no país trabalhando na chamada logística reversa, mas temos que ter três milhões se quisermos um índice médio de reciclagem de 15% a 20%, que é o índice europeu”, afirma.
Mesmo aumentando o número de pessoas para fazer a coleta seletiva, há limitações inerentes à própria composição do resíduo que impedem a segregação em níveis adequados para o melhor aproveitamento dos resíduos. Suani explica que, no Brasil, a segregação é feita por catadores, que não conseguem aproveitar todos os resíduos, porque simplesmente há coisas, como, por exemplo, fraudas descartáveis, papéis e garrafas pets sujas, que não possuem valor comercial. A coordenadora do GBio destaca estudos realizados na Baixada Santista, que chegaram à conclusão de que somente 20% do lixo total pode ser reciclado.
Então, na atualidade, também por falta de uma segregação suficiente e adequada, os aterros sanitários recebem resíduos orgânicos misturados com resíduos inorgânicos (plásticos, metais, vidros, etc., que não foram reciclados). A matéria orgânica forma o biogás, e o material inorgânico é enterrado. Isto causa um problema, já que, assim, os aterros acabam por atingir sua capacidade máxima mais rapidamente. Junte-se a isso, segundo Suani, o fato de que não há, pelo menos em São Paulo, muito mais espaço para fazer aterro e “quando se encontra um local, a população não quer que ele seja feito perto de suas casas”.
Como solução, os resíduos devem ser tratados antes de sua transferência para o aterro sanitário. Duas formas de se fazer isso são: a incineração, ou queima do lixo, gerando energia térmica que pode ser transformada em energia elétrica ou vapor; e a gaseificação, série de processos que transformam o resíduo sólido em um gás combustível. Dessa forma, só iriam para os aterros os rejeitos, que ocupam, assim, um espaço bem menor dos aterros. A professora Suani explica que a escolha de um processo ou de outro depende da quantidade de resíduos sólidos produzidos, já que o processo de incineração é mais caro do que o de gaseificação. Neste sentido, de 30 a 600 toneladas por dia, a gaseificação é o procedimento mais indicado. Já a partir de 600 toneladas por dia, a incineração torna-se viável economicamente. Mas também são poucas as iniciativas desse tipo no Brasil. De acordo com a coordenadora do GBio, em São Paulo, existem somente duas plantas que utilizam a incineração como tratamento de resíduos; uma em São Bernardo do Campo e outra em Barueri, ambas licenciadas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). E, no que diz respeito à gaseificação, há um consórcio de municípios, no Vale do Paranapanema, que utiliza esse método. “São iniciativas importantes para satisfazer à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) ”, diz a professora.
A tendência no Brasil, porém, é mesmo utilizar os resíduos sólidos depositados em aterros sanitários particulares para gerar energia elétrica a partir do biogás. “Até o momento existem sete ou oito iniciativas desse tipo no Brasil, a tendência é este número aumentar, pois pessoas ainda estão avaliando os resultados”, comenta o proprietário da Ciclo Ambiental.
Um dos principais entraves para a difusão destes empreendimentos em território nacional é o custo. De acordo com o conselheiro da Associação Brasileira de Biogás e Biometano (Abiogás) e sócio da Acesa Bioenergia, Gabriel Kropsch, o aporte financeiro para a implantação das usinas de aterros é elevado, mas pelo fato de o empreendimento ter uma vida útil grande, é compensador. Além disso, o custo operacional é baixo, já que a matéria-prima é o resíduo sólido. E dentro de uma escala comercial, o MWh pode ter um preço viável, principalmente se forem levadas em consideração as fontes concorrentes, como Gás Natural Liquefeito (GNL), cuja importação deve elevar-se nos próximos anos, e cujo preço deve ficar mais suscetível à variação cambial. “O biogás não tem esses riscos”, afirma Kropsch, acrescentando que, além do preço competitivo, trata-se de uma fonte com produção local e regular.
Não obstante o potencial dos resíduos sólidos, o universo do biogás não se restringe apenas a esta matéria-prima. O sócio proprietário da Acesa destaca também a vinhaça, subproduto do etanol. As usinas sucrooalcoleiras não podem simplesmente descartar este resíduo no meio ambiente, segundo legislações ambientais estaduais, então costumam transformá-lo em fertilizantes ou biogás para produzir eletricidade. “O mercado se adaptou, porém utiliza a vinhaça como fertilizante, pouco aproveitando o potencial elétrico”, conta Kropsch.
Outra matéria-prima são os resíduos de agropecuária, geralmente de gado bovino ou suíno, que são esterco e resíduo do abate (sangues, partes internas e outras que não foram aproveitadas do animal). Conforme Kropsch, todas as empresas de abate são obrigadas, por lei, a tratar seus resíduos. Neste caso, o biogás é produzido através do processo de biodigestão. Já existem no país diversos empreendimentos que utilizam o biogás de resíduos agropecuários para geração de energia elétrica, a maioria deles na região Sul. O Centro Internacional de Energias Renováveis-Biogás (Cibiogás), instituição científica, tecnológica e de inovação, tem, em andamento, um projeto para instalar, em Itapiranga (SC), uma central de geração de energia a partir do biogás produzido em 12 propriedades de criação de suínos.
Segundo o conselheiro da Abiogás, o aterro sanitário ganhou mais visibilidade também em razão da Lei nº 12.305, mas trata-se da fonte com menor potencial de produção de biogás do país. Conforme Kropsch, em sua totalidade, o Brasil apresenta potencial de 100 milhões de metros cúbicos por dia, sendo o potencial de biogás de resíduos sólidos urbanos de 4 milhões de metros cúbicos por dia.
Fazendo um balanço final do que é, atualmente, o biometano no Brasil, o especialista da Acesa afirma que se trata, basicamente, de um produto novo que ainda não encontra uma política pública adequada para a sua promoção. Isto porque são muitos os agentes envolvidos. “Parte do interesse está no Ministério de Minas e Energia (MME), parte no Ministério da Agricultura, parte no Ministério das Cidades, parte na ANP, e parte nos Estados. O debate está solto em várias esferas e é preciso juntar todos os elementos e interesses e ter uma política pública alinhada”, explica. De acordo com Kropsch, há um mercado pronto para o biogás, pois existem empresas interessadas, demanda grande (eletricidade e combustível) e muita oferta. “Mas há muita insegurança institucional. Quem regulamenta? Não está claro para os players a regra do jogo”, diz.
Usina Termoverde Caieiras
A maior usina de biogás de aterro do Brasil, a Termoverde Caieiras, foi inaugurada no dia 16 de setembro de 2016, na cidade de Caieiras, em São Paulo. A termelétrica tem 29, 55 MW, e conta 21 motores com 1,4 MW de potência cada, gerando 25 MW médios. Conforme o diretor da Termoverde Caieiras, Carlos Bezerra, a usina apresenta fator de capacidade elevada, acima de 80%. As usinas eólicas, por exemplo, possuem em média 30% de fator de capacidade, e as hidrelétricas apresentam fator de capacidade de aproximadamente 50%. Bezerra destaca que tal fator de capacidade da Termoverde, ou seja, a energia que a usina efetivamente produz tendo em vista sua potência total, gera segurança na entrega para o comprador. Isto ocorre porque não há problema sazonal, já que o aterro é alimentado por resíduos o ano todo. “São oito mil toneladas por dia”, diz o diretor. Para a implantação da usina foram investidos pouco mais de R$ 100 milhões. Desse montante, cerca de R$ 80 milhões foram financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e os outros R$ 20 milhões vieram do Grupo Solví, empresa proprietária do aterro e da usina Termoverde Caieiras.
Contratado pelo Grupo Solví no início da década de 1990, Bezerra relembra que, desde essa época, tenta viabilizar projetos para a construção de unidades de energia dentro dos aterros pertencentes ao grupo. No entanto, não conseguíamos viabilizá-los economicamente. Segundo Bezerra, eram feitos planos de negócios tentando enxergar a viabilidade, mas que sempre esbarravam no preço da energia, na variação cambial, no custo dos equipamentos (importados). Além disso, outros fatores que tornam mais difícil a implementação de projetos desse tipo são o custo de manutenção elevado, e o fato de que são termelétricas com escala menor, cuja energia produzida, muitas vezes, não compensa o investimento financeiro.
Tudo isso fez com que, somente em 2011, o Grupo Solví conseguisse tirar do papel a Termoverde Salvador, instalada no Aterro Sanitário Metropolitano de Salvador, no Estado da Bahia. Em 2015, mais uma usina a biogás de aterro instalada: a Biotérmica, localizada no município de Minas de Leão, no Rio Grande do Sul. E agora, neste ano, a Termoverde Caieiras, que, segundo Bezerra, só se tornou viável economicamente por que o grupo se beneficiou do Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi), do Governo Federal, e da isenção do Imposto sobre Circulação e Mercadorias (ICMS) por parte do Governo do Estado de São Paulo.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos recomenda que se faça o tratamento dos resíduos e que se produza energia elétrica antes do aterro sanitário, se for viável economicamente. O diretor da Termoverde Caieiras explica que, atualmente, existe tecnologia importada para fazer, por exemplo, a compostagem - processo de decomposição da matéria orgânica por meio da digestão aeróbia - mas que ela é ainda muito cara. “O Grupo Solví tem 30 aterros, e somente três deles possuem térmicas. Nosso sonho é que os 30 aterros contassem com térmicas, mas não é viável economicamente”, enfatiza. Dessa forma, os incentivos governamentais se tornam fundamentais.

Projeto oferece lâmpadas de LED gratuitamente a consumidores

Cliente residencial de Goiânia tem direito a uma troca de até quatro lâmpadas incandescentes ou fluorescente compacta por 4 lâmpadas de LED, sem nenhum custo


O projeto Eficiência Solidária está com uma campanha para ajudar o consumidor a economizar o gasto com energia életrica e ainda ajudar o meio ambiente. O cliente residencial da Celg D, morador de Goiânia, tem direito a uma troca de até quatro lâmpadas incandescentes ou fluorescente compacta por 4 lâmpadas de LED, sem nenhum custo.

As lâmpadas de LED duram mais tempo e consomem menos energia. O projeto ainda prevê que a cada 50 lâmpadas substituídas, uma lâmpada de LED será doada a instituições sociais.

Para participar, o cliente deverá estar com suas contas em dia e fazer sua inscrição no site do Eficiência Solidária. O projeto não contempla clientes residenciais baixa renda e rural.

Verão: dicas para economizar no consumo de água

Alguns dispositivos foram fabricados com o intuito de poupar um dos recursos naturais mais importantes, a água.

O verão está ai e com ele o aumento no consumo de água. As altas temperaturas e o calor excessivo fazem com que as pessoas gastem mais esse líquido tão precioso e que começa a ficar escasso. Mas, felizmente, com um pouco de consciência e com o uso de alguns dispositivos é possível poupar esse recurso fundamental para a existência humana, animal e vegetal.  E o melhor é que no começo do mês, essas atitudes se refletirão na conta de água. Bom, não é mesmo? Então acompanhe as dicas para economizar água.

Dicas para economizar água (Foto: Divulgação)
Como economizar água no verão
A maior parte da água que consumimos é gasta no banheiro, com descargas e banhos demorados. Hoje vamos explicar como poupar o uso desse líquido em vários pontos da casa. Veja só! 

Torneiras: se existe algo que joga a água pelo ralo, literalmente, são as torneiras. Faça a manutenção delas periodicamente e jamais deixe para arrumar o pinga-pinga depois. Mas, o melhor é utilizar torneiras com sistemas antidesperdício, com arejador que evita respingos. Geralmente esses modelos economizam até 50% de água, como é o caso de algumas torneiras eletrônicas.
Chuveiros: outro grande vilão no gasto de água é o chuveiro. Os modelos mais modernos acompanham redutor de vazão. Com esse dispositivo é possível economizar até 50% de água e de quebra, economizar na conta de energia também, pois com menos água descendo, o chuveiro não precisa estar no “super quente” para a água ficar na temperatura ideal.  

Lavadora de alta pressão: vale a pena investir em uma lavadora de pressão, pois elas utilizam até 80% menos água que uma mangueira para lavar a mesma área. Isso acontece porque o orifício de passagem da água de uma lavadora é muito menor do que a da mangueira. O poder de limpeza está na alta pressão que faz a pouca água se tornar um forte jato.

Lava louça: outra grande invenção, no que diz respeito à economia de água, são as máquinas para lavar louça. Utilizar esse eletrodoméstico para limpar os pratos sujos pode gerar uma economia de até 90% se comparado com a lavagem manual. Enquanto uma lavadora consome, em média, 15 litros por ciclo de lavagem, o método manual consome até 117 litros.
Conscientização também economiza água
De nada vai adiantar ter uma torneira com sistema antidesperdício, chuveiros com redutor de vazão ou até mesmo a lavadora de alta pressão e a lava louça, se não houver conscientização nos atos cotidianos do dia a dia. Listamos algumas dicas práticas de como utilizar com consciência os dispositivos que listamos acima.
Dicas para economizar água (Foto: Divulgação)

Banheiro: depois de ter instalado um chuveiro que economiza água, o recomendável é diminuir o tempo de banho. Nada de ficar meia hora debaixo da água. E quando for ensaboar ou lavar o cabelo, desligue o chuveiro e ligue apenas no momento do enxague. Evite os banhos de banheira que consomem uma quantidade muito grande de água.

Cozinha: quando for lavar as louças de maneira manual, feche a torneira nos intervalos, ao contrário o desperdício será muito grande.

Lavar o carro: quando o possante estiver precisando de um bom banho, uma boa alternativa é lavá-lo utilizando a lavadora de alta pressão. Ela limpa o carro com muito mais perfeição, além de gastar uma quantidade muito pequena de água
Fonte: G1

Prefeitura lança mapa do potencial de economia com a coleta de água da chuva dos telhados da cidade

Mapa do potencial de economia com a coleta de água da chuva dos telhados da cidade

Em tempos de sustentabilidade e de possibilidade de crise hídrica (não vamos esquecer que já ficamos perto de faltar água pra o banho) é motivo de aplausos em pé a iniciativa da Prefeitura do Rio que lançou o Mapa de Uso de Água de Chuva, que mostra o potencial para coleta de água da chuva do município. O sistema permite à população conhecer o quanto é possível economizar, no seu edifício ou casa, com a implementação de um sistema de coleta de água de chuva dos telhados. A água pode ser reaproveitada para fins não potáveis, como regar plantas, limpar casas e carros e ser usada nas descargas.
Para descobrir informações sobre o potencial de coleta do seu telhado, basta encontrar sua casa ou edifício no mapa 3D da cidade e verificar a intensidade de azul na área: quanto mais forte a cor de azul, maior o potencial. Ao clicar em cima do telhado no mapa, é possível verificar as médias mensal e anual da capacidade de coleta de água na edificação.
O projeto foi concebido pelo Rio Resiliente, departamento de resiliência da prefeitura, em parceria com o Instituto Pereira Passos (IPP) e com o PENSA – Sala de Ideias, equipe de Big Data da Prefeitura. De acordo com o estudo, o potencial de economia na cidade com o reúso da água de chuva é de 25%.
Para o mapeamento, o Rio Resiliente utilizou os dados de chuva das estações pluviométricas do Sistema Alerta Rio, entre 2010 e 2015.  O Instituto Pereira Passos – órgão de pesquisa e informação sobre a cidade do Rio de Janeiro – forneceu a base cartográfica dos telhados de todas as edificações da cidade do Rio, o que permitiu o cálculo de potencial de coleta de água de cada edifício com apoio do PENSA e da TerraGIS Geoprocessamento.  O projeto também teve apoio técnico da Riobus.
Para o Diretor de Informações da Cidade, Luiz Roberto, Arueira, “utilizar fontes alternativas de recursos naturais é o caminho para um desenvolvimento sustentável. Os telhados da cidade reservam grande potencial neste sentido e este novo produto se junta ao Mapa Solar Rio nos informando sobre como podemos contribuir para diminuir nossa pegada ecológica e ainda gerar economia através do reúso de água de chuva e da geração de energia solar no topo das nossas edificações.”

O Potencial de economia com o reúso de água de chuva do Rio de Janeiro é de 25%


O Potencial de economia com o reúso de água de chuva do Rio de Janeiro é de 25%
O mapa de uso de água de chuva surgiu de um estudo que computou o potencial de reúso de água de chuva da cidade focado no aumento da resiliência hídrica da cidade: Resiliência Hídrica: O potencial de reúso de água de chuva do munícipio do Rio de Janeiro.
Esse estudo atentou para a necessidade de transição de uma gestão compartimentada das águas da cidade para uma gestão integrada, visando a regularização do ciclo hidrológico. As florestas realizam a regulação desse ciclo, minimizando os impactos que ocorrem com grandes eventos de chuva. Quando construímos cidades, sem a análise ambiental necessária, nós desregulamos esse ciclo o que causa diversos transtornos ao meio urbano.
Intervir com coleta de água de chuva em grande escala numa cidade do tamanho do Rio de Janeiro pode ser visto como uma analogia à interceptação vegetal realizada pela floresta. Quando chove na floresta a água fica retida na cobertura vegetal (folhas, galhos e raízes) e é “liberada” de forma mais lenta para o escoamento. O mesmo pode ocorrer nos edifícios, sendo a água da chuva “liberada” de forma mais lenta na rede de drenagem.
A mesma metodologia do estudo foi utilizada no site, porém com inclusão no cálculo do consumo residencial da cidade conforme o censo de 2010. Assim, a visualização dos dados é agregada pelo potencial de cada setor censitário.

ENERGIA SUSTENTÁVEL: TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER

Energia Sustentável: Tudo o que você precisa saber
O que é energia sustentável?


A energia sustentável é a energia obtida a partir de recursos inesgotáveis. Por definição, a energia sustentável atende às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas necessidades.


As principais fontes de energia sustentável


Tecnologias de energia sustentável incluem energia hidroelétrica, energia solar, energia eólica, energia das ondas, a energia geotérmica, a bioenergia, a energia das marés e também as tecnologias destinadas a melhorar a eficiência energética.


Como a energia sustentável pode ajudar nas cidades?


As energias sustentáveis como eólica, solar, hidrelétrica e biomassa - oferecem benefícios substanciais para o nosso clima, a nossa saúde e a nossa economia:

a) Pouca ou nenhuma emissão de gases tóxicos e de aquecimento global

– As fontes de energia sustentável praticamente não emitem gases ou geram resíduos que fazem mal para a nossa saúde. Imagine uma cidade toda com carros elétricos? Como seria a qualidade do ar?!

b) Uma fonte de energia enorme e renovável

– Você sabia que somente o potencial de energia solar no Brasil, se fosse todo aproveitado, seria suficiente para gerar mais de 10 vezes a energia que todos nós consumimos! Sabendo que esta fonte de energia sustentável é renovada anualmente, teríamos energia para sempre sem nos preocuparmos nunca mais.

c) Autoprodução: a independência Energética

- Se você possui um gerador de energia solar em sua empresa ou casa, não precisa mais se preocupar com o preço da sua conta de luz. Você é um autoprodutor e conquistou a sua independência energética.

d) Uma rede de energia mais confiável e segura

– Fontes como a Solar ou Eólica são menos propensas a falhas em grande escala, porque elas são distribuídas e modulares. Os sistemas estão espalhados por uma grande área geográfica (como no telhado das casas ou empresas), de modo que um evento de tempo severo, como uma tempestade em um local específico, não vai cortar a energia para toda uma região.


Os prós e contras da energia sustentável


Solar Fotovoltaica


Contra: Investimento inicial alto, similar ao valor de um carro usado;
Pró: Energia limpa, renovável e abundante a partir do sol
Pró: Alta durabilidade, dura mais de 25 anos;
Pró: Valoriza a sua casa ou marca de sua empresa;
Pró: Permite que você se torne independente energeticamente

Energia Eólica:


Contra: Locais de geração normalmente longes do ponto de consumo. Ex: Parque eólicos afastados de cidades.
Pró: Impacto ambiental mínimo, mas em áreas com aerogeradores alguns acidentes podem acontecer com pássaros.
Pró: Geração de empregos
Pró: Energia Limpa e renovável, proveniente da força dos ventos.
Pró: Preço da energia altamente competitivo

Energia Hidroelétrica:


Contra: Sazonal – quando chove pouco acaba a energia
Pró: Abundante no Brasil e não emite gases do efeito estufa
Pró: O reservatório de água de uma hidrelétrica serve como uma bateria. Armazena água para gerar energia quando é necessário.


Qual é a melhor forma de se utilizar as energias sustentáveis?


Resposta: Em combinação umas com as outras, diversificando a matriz energética. Já temos muitas usinas hidrelétricas e quando chove pouco acaba a energia, ou seja, somos altamente dependentes de chuvas. Se investirmos mais em energia solar e eólica podemos aproveitar estes períodos de secas para gerar a nossa energia com o sol ou o vento e economizar água. Desta forma seria possível equilibrar a balança energética brasileira minimizando ou extinguindo problemas de secas nos reservatórios ou grandes apagões.


A energia sustentável no mundo


Você sabia que:
  1. Em 2012 a Organização das Nações Unidas - ONU elegeu 2012 como o Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos, no mesmo ano que aconteceu a Rio+20.
  2. De acordo com um estudo americano do ‘Brookings Institute’, a energia sustentável cria até 3 vezes mais empregos do que os combustíveis fósseis.
  3. De acordo com o mesmo estudo, o salário das pessoas que trabalham com energia sustentável é, em média, 13% maior em relação a média nacional.
  4. O setor de energia sustentável no Brasil está crescendo, em média, 20% ao ano. O de energia solar deve crescer por volta de 300% em 2016 e continuar um crescimento acelerado nas próximas décadas.

Incentivos ao uso da energia sustentável no Brasil


Como funciona o sistema de energia solar fotovoltaicaA ANEEL criou em 2012 a RN482/12 que regula o mercado de sistema de energia sustentável conectados na rede elétrica. Desta forma incentivando o uso dessas fontes no Brasil.

Basicamente a regulamentação normativa 482 de 2012 permite você trocar créditos de energia coma a rede da distribuidora, assim produzindo a sua própria energia elétrica e o excesso vira um crédito para ser utilizado em um dia que seu sistema produza pouca energia (como durante a noite que não tem sol ou em um dia que não tenha vento – no caso da eólica).

Este foi sem dúvida o maior e mais importante incentivo ao uso de energias sustentáveis no Brasil. Este sistema de “compensação de créditos” criado pela ANEEL baseia-se nos modelos internacionais utilizados na Europa, EUA, Austrália, Índia e Ásia como um todo.

Para saber mais sobre esta lei visite a nossa página sobre a Regulamentação dos Créditos de Energia e, para entender como funciona a autoprodução de energia em sua casa ou empresa, visite a nossa página Como Funciona o Sistema de Energia Solar Conectado na Rede Elétrica

ENTENDA COMO A ENERGIA SOLAR PODE AJUDAR A REDUZIR OS CUSTOS DO SEU NEGÓCIO.

Que a energia elétrica está cada vez mais cara não é novidade para o brasileiro, principalmente para quem tem algum tipo de negócio. Mesmo fazendo certa medida de economia de luz e desligando algumas tomadas a conta ainda chega alta. É por isso que o investimento em energia solar tem sido uma alternativa bem sucedida para quem procura reduzir os custos relacionados à energia de uma empresa ou negócio.

energia solar pode ajudar a reduzir os custos

Fazer economia com energia solar ajuda a diminuir os custos de energia de uma empresa em longo prazo. É importante destacar esse detalhe porque o investimento em energia solar não terá retorno imediato, a economia somente será observada com o decorrer do tempo, porém, em valores significativos.

Substituir a energia elétrica convencional pela energia solar, geralmente representa uma redução na conta que varia de 50% a 95%. A vantagem principal ocorre em média sete anos depois, quando o investimento em energia solar acaba sendo pago automaticamente pelo dinheiro economizado com o corte dos custos excessivos com a luz. 

energia solar pode ajudar a reduzir os custos

Além da economia diretamente relacionada à conta de eletricidade, existem diversos outros benefícios relacionados à economia com energia solar, como por exemplo, menos impacto ao meio ambiente. A energia solar é um recurso renovável e limpo, visto que a fonte geradora de energia é o sol, não há danos à natureza e nem a atmosfera.

Mas talvez você, que é dono de um negócio, se pergunte quanto custa um investimento em energia solar fotovoltaica. Bem, a resposta é simples, o custo de um sistema de energia solar fotovoltaico depende principalmente do tamanho e da complexidade da instalação. Mas, como mencionado acima, o valor gasto com a instalação dos equipamentos de energia solar são pagos com a própria economia que a empresa faz ao substituir a fonte de energia.

Para ter uma ideia do quanto fazer economia com energia solar reduz os custos de uma empresa, podemos citar o exemplo das farmácias Raia e Drogasil. Em parceria com a Axis Renováveis (empresa que fornece as placas fotovoltaicas) as farmácias poupam R$ 69 mil com energia solar em onze de suas lojas localizadas em Uberlândia e Belo Horizonte. O consumo mensal de eletricidade na farmácia Raia e Drogasil caíram pela metade, de acordo com as empresas. Num período de 12 anos, tempo de contrato com a companhia que fornece as placas solares, a Raia e a Drogasil vão poupar cerca de R$ 850.000 reais em gastos com energia nas unidades em que já houve investimento em energia solar.

energia solar pode ajudar a reduzir os custos

Não há dúvidas de que um investimento em energia solar é uma das melhores maneiras para reduzir os custos com energia no seu negócio. A economia com energia solar terá um impacto direto não só na conta de luz, mas também no orçamento da empresa como um todo. Investir em energia solar diminui os custos de manutenção dos sistemas de calefação de água, além das despesas elétricas, sem contar que a durabilidade dos painéis solares fotovoltaicos é de cerca de vinte anos, ou seja, trata-se um investimento em longo prazo que reduz os gastos, colabora como meio ambiente e ainda dura por muitos anos.

MAIOR FÁBRICA DE ENERGIA SOLAR DO PAÍS É INAUGURADA NO INTERIOR DE SÃO PAULO

A multinacional Canadian Solar inaugurou no mês de Dezembro, em Sorocaba (SP), a maior fábrica do segmento de energia solar do Brasil, com capacidade para produzir 1 milhão de painéis fotovoltaicos por ano.

Maior fábrica de energia solar do País é inaugurada no interior de São Paulo
O empreendimento é o primeiro da marca na América Latina e está localizado na rodovia Senador José Ermírio de Moares (Castelinho). Em funcionamento há mais de 50 dias, já emprega 400 colaboradores, com potencial para aproximadamente 1,5 mil empregos indiretos.

O investimento para construir a fábrica - que está instalada dentro de um espaço da segunda maior produtora de painéis solares do mundo, a Flex – foi de aproximadamente R$ 80 milhões.  A vinda da Canadian Solar para o Brasil teve o suporte da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), com negociações iniciadas no ano de 2012.

Essas negociações foram intensificadas porque, segundo a meta do governo, nos próximos 25 anos o Brasil precisa superar os 30% na geração de energia proveniente do Sol. Contudo, há um atraso: atualmente, menos de 1% da energia do País é produzida dessa maneira.

Em entrevista à imprensa, o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Eduardo Azevedo, afirmou que a ideia é potencializar a fonte solar tanto quanto a energia eólica, que evoluiu bastante nos últimos anos. "A energia solar é a fonte mais democrática e está disponível para todos. Este é o primeiro passo no caminho para um ambiente mais sustentável no Brasil", destacou.

A Canadian Solar pretende investir ao todo R$ 2,3 bilhões no País. Entre os planos, está a construção de uma megausina solar fotovoltaica no Estado de Minas Gerais, a partir da utilização dos painéis que estão sendo produzidas em Sorocaba. O empreendimento tem inauguração prevista para o terceiro trimestre do ano que vem.

Algumas das principais máquinas usadas no processo de fabricação dos painéis solares nesta fábrica, como a máquina de laminação e o simulador solar (flasher) foram fornecidas pela gigante de Tecnologia Fotovoltaica, a empresa Suíça Meyer Burger. A empresa Meyer Buger é a principal desenvolvedora de tecnologias para a produção de painéis, células fotovoltaicais e wafers de silício do mundo fornecendo as principais maquinas para os maiores fabricantes do mundo, os chineses.

Maior fábrica de energia solar do País é inaugurada no interior de São Paulo
O presidente da multinacional, Shwan Qu, disse que este “é o momento ideal para empregar energia solar numa escala muito maior no Brasil”. Segundo ele, a empresa confia que o País pode voltar a crescer, se tornando líder regional e mundial na produção de energia fotovoltaica, com um alto potencial para os anos que estão por vir.

O vice gerente-geral da companhia, Vladimir Janousek, afirmou que a escolha de Sorocaba como sede fabril é porque a cidade detém um dos maiores polos industriais do país, com excelente mão de obra, com indústrias capacitadas a atender ao projeto da Canadian em curto prazo.

Além disso, ele apontou que o município se qualifica como importante centro de desenvolvimento dessa nova tecnologia, com projetos em pesquisas em andamento, capacitação de mão de obra e fomento a todas demais áreas. "E de maneira muito profissional, ao atender os pré-requisitos e expectativas da Canadian, para implantação de nossa fábrica", frisou, em entrevista à Secretaria de Comunicação da Cidade.

Maior fábrica de energia solar do País é inaugurada no interior de São Paulo
O executivo encerrou dizendo que a Canadian Solar ainda fará investimentos adicionais para a entrada em alta operação, o que demandará três turnos de produção. “Felizmente, temos uma expectativa muito positiva. Dessa forma, com o mercado reagindo, aumentaremos essa capacidade, abrindo mais empregos", explicou.