quarta-feira, 6 de junho de 2018

7 oportunidades de negócio na indústria 4.0? Confira!

As crescentes oportunidades de negócio na indústria 4.0 são consequência de uma realidade inédita no setor produtivo: os desafios da alta competitividade, fortalecidos pelas atuais demandas econômicas, ambientais e de consumidores cada vez mais exigentes.
Para compreender melhor esse cenário, é importante conhecer os conceitos que caracterizam a indústria 4.0 e como ela vem revolucionando o processo manufatureiro. Confira neste post!

A indústria 4.0 ou 4ª Revolução Industrial

Esses termos começaram a ser difundidos em 2011, durante a principal feira de tecnologia industrial do mundo — a Hannover Messe. Àquela época, caracterizavam a estratégia do governo alemão — em parceria com empresas de tecnologia e pesquisa — que visava aprimorar o processo produtivo, promovendo a fábrica inteligente.
Desde então, esse modelo de manufatura vem sendo adotado pelas potências tecnológicas em diferentes escalas. Ele tem como protagonistas os sistemas ciber-físicos, que utilizam a Internet das Coisas (IoT), o Big Data, a computação em nuvem, a realidade aumentada e a manufatura aditiva na cadeia produtiva.
O principal objetivo dessa revolução é, no futuro, assegurar a total descentralização do controle dos processos, garantindo autonomia às máquinas inteligentes. Elas são capazes de coletar, processar e integrar dados — internos e externos — em tempo real e, dessa forma, determinar ações assertivas para uma produção mais eficiente, customizável em larga escala e rentável.
Uma série de novos conceitos, não é mesmo? De fato, essa evolução tecnológica transformará completamente as oportunidades de negócio na indústria 4.0, bem como as relações comerciais.
Por isso, para que sua empresa se prepare para esse novo panorama competitivo, este post vai mostrar os principais setores já afetados e os benefícios de se investir nesse modelo revolucionário. Confira!

Por que investir nessa inovação

Antes de mais nada, é preciso deixar claro que a transição para esse novo modelo ocorrerá de forma gradual, condicionada por fatores econômicos, capacidade técnica e tecnológica de cada país.
No Brasil, a evolução industrial está defasada. A maioria dos pátios industriais encontra-se na transição da indústria 2.0 para a 3.0, isto é, a automação por meio da eletrônica e robótica ainda engatinha.
Entretanto, investir nessa revolução é indispensável para garantir a sobrevivência da atividade nesse novo panorama competitivo. E as vantagens são, realmente, atraentes. Acompanhe:
  • possibilidade, em tempo real, de coleta e de análise de dados internos da fábrica associados a informações do ambiente externo — via IoT e Big Data — propiciando a tomada de decisão autônoma das máquinas de forma assertiva e em acordo com a estratégia da empresa;
  • uso consciente dos recursos naturais e redução do desperdício das matérias-primas por meio da manufatura aditiva;
  • diminuição do custo operacional: economia de energia, redução do número de colaboradores, das falhas de planejamento e da ociosidade de equipamentos — as máquinas programam as manutenções preditivas conforme históricos e condições momentâneas de produção;
  • otimização do processo produtivo: incremento da segurança e da integração das comunicações, da qualidade final do produto, da produtividade de toda a cadeia e, consequentemente, da lucratividade;
  • real condição de customização de produtos em larga escala — uma demanda do mercado consumidor que se tornará ainda mais exigente — e aumento na velocidade de atendimento;
  • maior confiabilidade dos dados gerados — seja pelos relatórios produzidos pelo sistema, seja pela realidade aumentada — para tomada de decisões estratégias e reposicionamento da marca.
Como dissemos, a maneira como esse conceito será implementado em cada segmento industrial é gradual e distinta. Porém, não há dúvidas de que essas tecnologias disruptivas demandarão aperfeiçoamento dos modelos de negócio e da mão de obra.
Frente a essa realidade, as oportunidades de negócio na indústria 4.0 não se concentram somente nas fábricas, mas também nos setores do mercado capazes de desenvolver soluções de suporte para os pátios industriais.

Principais cenários de negócio da indústria 4.0

1. Setores de apoio

Será indispensável haver investimento em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias, tanto pelo setor público quanto pelo privado. Esse nicho ganha espaço, bem como o das instituições acadêmicas, que também serão responsáveis pela formação de profissionais com perfil de gestor de sistemas automatizados.
As startups focadas em inteligência da informação, computação em nuvem, Big Data, realidade virtual e aumentada, manufatura aditiva, desenvolvimento de materiais, de energias sustentáveis e de mecanismos de implantação de sistemas com menor risco, além da customização de produtos e e-commerce continuarão em alta.

2. Indústria Farmacêutica

Para esse segmento, a automação dos processos reduz, consideravelmente, os procedimentos manuais, o que assegura a diminuição do custo operacional, do desperdício de matérias-primas e reagentes, além de um controle melhor de qualidade e de investigação de falhas.

3. Agroindústria

O agronegócio colhe, literalmente, benefícios a partir do uso das tecnologias da indústria 4.0, especialmente a IoT e o Big Data. As máquinas inteligentes permitem ganhos consideráveis em produtividade. Além disso, as inovações se estendem à bioeconomia, com o desenvolvimento de processos limpos e sustentáveis e de recursos renováveis.

4. Indústria alimentícia e de bens de consumo

Já a indústria de alimentos e a de produção de bens de consumo poderão contar não somente com as inovações no chão da fábrica e com os indispensáveis produtos personalizados, mas oferecer, ainda, maior transparência da cadeia produtiva ao consumidor, por meio da realidade aumentada.
Para o cliente ter acesso a todos os dados do produto, desde o histórico das matérias-primas às condições das fábricas, basta escanear seu código de barras — o QR Code é um exemplo dessa tecnologia. Empresas que oferecem essa alternativa saem na frente para elevar a confiança nas relações de consumo.

5. Fornecimento de energia

Desenvolver e viabilizar fontes alternativas de energia, principalmente as renováveis, são demandas para a redução dos custos de produção. Com certeza, o cenário competitivo alinhado às boas práticas de sustentabilidade exigirá tal investimento.

6. Construção civil

Nesse setor, a baixa produtividade, as falhas executivas, a obsolescência e os desperdícios são os principais responsáveis por prejuízos. Por isso, a tecnologia de ponta e a realidade virtual são fundamentais para o desenvolvimento de novas técnicas construtivas e de procedimentos automatizados que reduzam, ao máximo, a interferência humana.
Algumas soluções já trazem resultados promissores, como a geolocalização de alta definição, o uso da metodologia BIM na elaboração dos projetos e a implantação de sistemas de gestão para integração e digitalização dos processos.
Além disso, a IoT e o Big Data têm papel fundamental para análise do grande volume de dados gerados, a fim de facilitar o desenvolvimento de estruturas e sistemas mais inteligentes e eficientes, aprimorar a segurança dos processos e embasar as pesquisas de materiais renováveis e com alto desempenho — nanotecnologia, aerogel, concreto auto curável, pré-moldados, entre muitos outros.

7. Transporte e logística

A distribuição da produção precisa se adequar à demanda do consumidor, que prioriza cada vez mais as compras online e exige comodidade e rapidez no recebimento de seus produtos. Isso exige das empresas parcerias que ampliem sua rede de distribuição e, futuramente, lancem soluções para facilitar o comércio entre fronteiras geográficas.
A tendência é que as oportunidades de negócio na indústria 4.0 se expandam ainda mais, já que todo o setor industrial e as atividades relacionadas precisarão se reinventar para se manter competitivos.

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