quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Smart Grid, Smart City, IIoT – O que há por trás desses nomes?

Desde 2007, o termo Smart Grid previu a promessa de uma rede elétrica flexível, resiliente, eficiente e altamente segura e que permitisse a otimização em tempo real das operações e exploração de recursos da rede.
Caracterizado pela implantação de muitos milhares de dispositivos de controle, sensores e medidores interativos e inteligentes, o Smart Grid pretendia não apenas garantir a interação correta entre todos estes elementos, mas também proporcionar uma expressiva melhora da rede em termos de eficiência, confiabilidade e liberdade para o cliente controlar suas condições de consumo.
Entre as principais aplicações de automação da distribuição e geração de recursos de energia distribuída, este modelo podia proporcionar o armazenamento de energia e a resposta em tempo real às oscilações da demanda e gerenciamento de demanda pelo lado do cliente a partir da conversação bidirecional entre os dispositivos na rede e dispositivos de consumo também inteligentes na borda do usuário.
Além de colocar o cliente “no controle” de seu próprio uso da energia, este modelo garante uma distribuição altamente automatizada, encorajando a liberação ou a contenção do consumo de acordo com a as circunstâncias da carga sobre a infraestrutura.
Trata-se, portanto, de uma via bidirecional altamente automatizada, eficiente, autorrecuperável, de energia e comunicações interconectadas para um mundo utópico de produção e distribuição de energia altamente confiável e eficiente.
Mas e a transformação digital de tudo?
Agora, passado este longo tempo, entramos na já aquecida discussão sobre as Cidades Inteligentes (Smart Cities), os Transportes Inteligentes, e sabe-se lá mais o que “digital” ou “smart”.
Contudo, já em 2012, percebemos que não podíamos mais nomear tudo o que tinha a ver com controles / sensores / computação distribuídos como “inteligentes”.
Para melhorar a precisão terminológica, a indústria passou a adotar o termo Internet das Coisas (IoT) e, em seguida, a Internet das Coisas Industrial (IIoT), de modo a fornecer as bases de nomenclatura mais genéricas que funcionassem nas diversas verticais submetidas à convergência inteligente.
O conceito de IIoT, por sua vez, não previu que todos esses dispositivos seriam conectados à Internet em geral, cuja forma de transmissão é caracterizada pela insegurança e pela facilitação indistinta do tráfego. E que por isto mesmo fornece previsibilidade e disponibilidade de serviços questionáveis a uma classe de sistemas que precisa de comunicações altamente confiáveis para operar.
No entanto, um dos maiores problemas com a implantação desses muitos milhares de dispositivos inteligentes e altamente distribuídos está exatamente em como controlá-los. Isto porque, independentemente do nome que se dê a ele, essa disseminação de pontos de controle assemelha-se a um grande encanamento, em que a questão do controle é algo altamente crítico.
Ou seja, você precisará de muitos recursos para ser capaz de se comunicar com cada um desses dispositivos e protegê-los – eles mesmos – contra as ameaças cibernéticas.
Na maioria dos casos, para se fazer isto de forma economicamente viável, será necessário o uso de uma rede de dados sem fio, seja ela de propriedade do usuário final ou via um provedor de serviço móvel de celular.
Neste caso, o provedor de telefonia celular pode, opcionalmente, fornecer uma rede privada virtual (VPN) através de sua estrutura para tal finalidade de controle, mas, seja como for, espera-se que a maioria dos dispositivos IIoT esteja, ao final e ao cabo, conectada à Internet de alguma forma, por economia de custos.
Há apenas 18 meses, o mundo recebeu um importante alerta sobre a importância de proteger os dispositivos IoT (e por extensão IIoT), quando 1,2 milhão de câmeras, gravadores de vídeo digital e outros dispositivos de IoT, aparentemente inócuos do consumidor, foram utilizados para um ataque DDoS (Negação de Serviço) muito bem-sucedido.
O ataque foi atribuído ao Anonymous e a pelo menos dois botnets diferentes treinados no DYN, um provedor de serviço de nomes de domínio (DNS) dos EUA e levou, em pouco tempo, a um desligamento e incapacitação de grande parcela da internet norte-americana, deixando fora de ação cerca de 1.200 sites, incluindo alguns dos maiores.
Não é preciso muita imaginação para se calcular qual seria o dano à sociedade se isso acontecesse com qualquer rede de operações de uma concessionária de energia / água / gás, gerenciamento de semáforos e outras infraestruturas de uma cidade, ou para uma sinalização / controle de pista e outros sistemas operacionais.
Proporcionar conectividade flexível, altamente confiável e segura, com boa relação custo-benefício, não é tarefa fácil, mas, pelo contrário, é claramente crítica.
A criptografia de ponta a ponta com um tamanho mínimo de chave de 128 bits é apenas o ponto inicial mínimo para se proteger o fluxo de dados e os dispositivos numa configuração desse tipo. As chaves de 256 bits são certamente as mais indicadas, assim como a tecnologia de infraestrutura de chave pública (PKI) é indispensável para garantir que cada dispositivo tenha uma chave exclusiva, de modo que invadir um dispositivo não signifique que alguém vá ter acesso a todo o sistema.

A importância do balanceamento de fases em sistema trifásico

alimentação trifásica é composta por quatro fios: Neutro, Fase, Fase e Fase. Cada fase tem tensão de 127 Volts, proporcionando assim uma melhor distribuição de carga por fase, o que resulta no balanceamento de carga residencial. Ao chegar ao quadro de distribuição as fases podem ser distribuídas uniformemente entre os circuitos de modo a obter-se o maior equilíbrio possível, por exemplo, uma fase alimentará um chuveiro, emquanto a outra alimenta o circuito da cozinha, e a última alimenta outro circuito.

Observe o exemplo da figura abaixo, veja que nos diagramas unifilar e multifilar as fases estão sendo especificadas através das letras R, S e T, e cada fase alimenta seis circuitos, mas não necessariamente os seis, pois se observar o circuito 8 e 7, podemos notar que são alimentados por duas fases.






Com as fases devidamente distribuídas, ao ligar um chuveiro, as lâmpadas não ficaram piscando, pois a fase destinada ao chuveiro não é a mesma fase a qual está ligada ao circuito de iluminação.

Quando não ocorre o devido balanceamento, podem surgir problemas com harmônicas,  que são ondas múltiplas das senoidais fundamentais, o que leva ao aquecimento dos circuitos. Isso acontece com mais frequência em industrias, pois existem muitas máquinas e todo aparelho ligado a energia distorce a onda senoidal, criando harmônicas. Em residências essa situação é menos problemática.

A figura abaixo demonstra como funciona as cargas na rede trifásica defasadas 120º entre si, onde cada uma atinge o ponto máximo e desce para o ponto mínimo e volta a subir, por isso recebe o nome de corrente alternada, pois alternam entre o ponto máximo e o mínimo em um ciclo constante. Ainda na figura é demonstrado as linhas senoidais fundamentais pois a alternação é uniforme:

A próxima figura mostra a diferença entre uma senoidal fundamental e a irregular que causam as harmônicas:
balanceamento de fases é muito importante em um projeto elétrico, pois através desse procedimento conseguimos obter a menor diferença possível entre a corrente que passa em casa fase. O balanceamento não se aplica para projetos que utilizem alimentação monofásica, ou seja, o balanceamento de fases só faz sentido para projetos com fornecimentos trifásico ou bifásico.

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Como garantir qualidade na prestação de serviços em unidades remotas?


O gerenciamento de manutenções é uma tarefa complicada de ser realizada, pois existem vários fatores que afetam a qualidade de cada atividade. A ausência de um funcionário e a falta de planejamento são bons exemplos de situações que colocam em risco a obtenção de resultados positivos.
O uso de tecnologias se tornou uma medida necessária nesse setor também. Os benefícios que elas proporcionam são inegáveis, como o aumento de produtividade e a redução de despesas. Além disso, os avanços tecnológicos permitem que alguns funcionários realizem tarefas remotamente. Ou seja, um supervisor de manutenção nem sempre estará ao lado para monitorar e gerenciar o trabalho.
Quem sabe utilizar essa metodologia corretamente alcança resultados surpreendentes. Tenha em mente que isso é benéfico para os clientes também, já que o atendimento se torna mais rápido.
Apesar disso, muitas gestões enfrentam problemas que atrapalham a boa performance da equipe, seja por problemas internos ou externos ou pela falta de experiência para utilizar essas ferramentas.
Dessa forma, este post vai ajudá-lo a garantir a qualidade na prestação de serviços em unidades remotas na manutenção. Confira a seguir!

Quais são os desafios do gerenciamento a distância?

O trabalho a distância está se tornando uma grande tendência atualmente. Ele permite que uma empresa tenha funcionários atuando em várias frentes de trabalho, dentro e fora do escritório. Como a manutenção exige o deslocamento de colaboradores, é fundamental que você esteja preparado.
O primeiro grande empecilho está relacionado à falta de instrução para utilizar um sistema de manutenção remoto. O simples fato de comprar uma nova tecnologia não é uma garantia de sucesso na gestão.
Na verdade, você precisa escolher uma ferramenta adequada às suas exigências. Além do mais, alguns profissionais não treinam as suas equipes — atitude que abre brechas para erros. Essas falhas geram dúvidas e atrapalham o desempenho do colaborador.
A falta de organização é outra questão que não pode ser deixada de lado. As pessoas tendem a deixar as atividades mais importantes sempre para depois quando não estão em um ambiente de trabalho. Ao fazer isso, você pode se meter em maus lençóis caso algo de errado aconteça. Em todas as situações, o planejamento deve ser seguido à risca.
Problemas para manter o foco e não ser atraído por distrações impossibilitam a qualidade na prestação de serviços em unidades remotas. Nessas horas, os telefones celulares e a internet são os principais inimigos das boas práticas da gestão de manutenção.

Como melhorar a prestação de serviço em unidades remotas?

Provavelmente, você deve estar se perguntando como é possível provar o valor na instituição, ter mais qualidade em seu dia a dia de trabalho e atender aos prazos dos contratos, certo? Abaixo, você vai encontrar alguns tópicos que não podem faltar na rotina de trabalho remoto em sua empresa.

Planejamento

Quem planeja atividades está sempre um passo à frente de seus concorrentes, pois consegue pensar em alternativas e prever saídas para os problemas que surgem. Além disso, é possível também saber a quantidade de profissionais, recursos financeiros e materiais para cada trabalho realizado.
O planejamento ajuda a melhorar a qualidade na prestação de serviços em unidades remotas porque você não é pego de surpresa e sempre sabe o que deve ser feito. Dessa forma, analise muito bem a sua cadeia de produção e as ferramentas tecnológicas disponíveis e veja como é possível maximizar a produção.
Determine datas e estipule valores que respeitam os limites previstos nos contratos.

Controle e otimização de resultados

As tecnologias são importantes ferramentas para o êxito da manutenção, mas elas não apresentam bons resultados sozinhas. É preciso acompanhar tudo o que acontece em sua planta industrial e monitorar o desempenho da equipe e das máquinas.
Se um equipamento apresenta falhas em um mesmo componente repetidamente, por exemplo, não basta apenas trocá-lo. Nessa situação, você deve analisar as causas do problema e propor medidas para resolvê-las. Com isso, é possível otimizar os resultados obtidos e evitar erros no futuro.
Então, fique atento aos dados gerados pelos indicadores de desempenho e descubra novas formas para melhorar a qualidade na prestação de serviços em unidades remotas.

Ferramentas digitais

O mercado oferece vários produtos e soluções para o gerenciamento empresarial. Entretanto, as atividades de manutenção exigem funções especiais. Tentar utilizar um software comum é uma atitude equivocada.
Em função disso, você deve optar por uma ferramenta de gestão do processo de manutenção que é especializada em sua área de atuação.

Treinamento de funcionários

Os problemas com a falta de capacitação já foram abordados neste artigo. Dessa forma, você deve realizar treinamentos e cursos, a fim de espalhar o conhecimento e apresentar quais são as melhores técnicas. Nessas horas, sempre esteja disposto a tirar dúvidas e mostrar que você também está envolvido no projeto.
Lembre-se de que é muito importante escutar o feedback dos funcionários. Essas informações mostram o que eles acham da solução adotada e podem indicar respostas para os problemas que tiram as suas noites de sono. Ao adotar essa postura, todos ficam engajados.

7 oportunidades de negócio na indústria 4.0? Confira!

As crescentes oportunidades de negócio na indústria 4.0 são consequência de uma realidade inédita no setor produtivo: os desafios da alta competitividade, fortalecidos pelas atuais demandas econômicas, ambientais e de consumidores cada vez mais exigentes.
Para compreender melhor esse cenário, é importante conhecer os conceitos que caracterizam a indústria 4.0 e como ela vem revolucionando o processo manufatureiro. Confira neste post!

A indústria 4.0 ou 4ª Revolução Industrial

Esses termos começaram a ser difundidos em 2011, durante a principal feira de tecnologia industrial do mundo — a Hannover Messe. Àquela época, caracterizavam a estratégia do governo alemão — em parceria com empresas de tecnologia e pesquisa — que visava aprimorar o processo produtivo, promovendo a fábrica inteligente.
Desde então, esse modelo de manufatura vem sendo adotado pelas potências tecnológicas em diferentes escalas. Ele tem como protagonistas os sistemas ciber-físicos, que utilizam a Internet das Coisas (IoT), o Big Data, a computação em nuvem, a realidade aumentada e a manufatura aditiva na cadeia produtiva.
O principal objetivo dessa revolução é, no futuro, assegurar a total descentralização do controle dos processos, garantindo autonomia às máquinas inteligentes. Elas são capazes de coletar, processar e integrar dados — internos e externos — em tempo real e, dessa forma, determinar ações assertivas para uma produção mais eficiente, customizável em larga escala e rentável.
Uma série de novos conceitos, não é mesmo? De fato, essa evolução tecnológica transformará completamente as oportunidades de negócio na indústria 4.0, bem como as relações comerciais.
Por isso, para que sua empresa se prepare para esse novo panorama competitivo, este post vai mostrar os principais setores já afetados e os benefícios de se investir nesse modelo revolucionário. Confira!

Por que investir nessa inovação

Antes de mais nada, é preciso deixar claro que a transição para esse novo modelo ocorrerá de forma gradual, condicionada por fatores econômicos, capacidade técnica e tecnológica de cada país.
No Brasil, a evolução industrial está defasada. A maioria dos pátios industriais encontra-se na transição da indústria 2.0 para a 3.0, isto é, a automação por meio da eletrônica e robótica ainda engatinha.
Entretanto, investir nessa revolução é indispensável para garantir a sobrevivência da atividade nesse novo panorama competitivo. E as vantagens são, realmente, atraentes. Acompanhe:
  • possibilidade, em tempo real, de coleta e de análise de dados internos da fábrica associados a informações do ambiente externo — via IoT e Big Data — propiciando a tomada de decisão autônoma das máquinas de forma assertiva e em acordo com a estratégia da empresa;
  • uso consciente dos recursos naturais e redução do desperdício das matérias-primas por meio da manufatura aditiva;
  • diminuição do custo operacional: economia de energia, redução do número de colaboradores, das falhas de planejamento e da ociosidade de equipamentos — as máquinas programam as manutenções preditivas conforme históricos e condições momentâneas de produção;
  • otimização do processo produtivo: incremento da segurança e da integração das comunicações, da qualidade final do produto, da produtividade de toda a cadeia e, consequentemente, da lucratividade;
  • real condição de customização de produtos em larga escala — uma demanda do mercado consumidor que se tornará ainda mais exigente — e aumento na velocidade de atendimento;
  • maior confiabilidade dos dados gerados — seja pelos relatórios produzidos pelo sistema, seja pela realidade aumentada — para tomada de decisões estratégias e reposicionamento da marca.
Como dissemos, a maneira como esse conceito será implementado em cada segmento industrial é gradual e distinta. Porém, não há dúvidas de que essas tecnologias disruptivas demandarão aperfeiçoamento dos modelos de negócio e da mão de obra.
Frente a essa realidade, as oportunidades de negócio na indústria 4.0 não se concentram somente nas fábricas, mas também nos setores do mercado capazes de desenvolver soluções de suporte para os pátios industriais.

Principais cenários de negócio da indústria 4.0

1. Setores de apoio

Será indispensável haver investimento em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias, tanto pelo setor público quanto pelo privado. Esse nicho ganha espaço, bem como o das instituições acadêmicas, que também serão responsáveis pela formação de profissionais com perfil de gestor de sistemas automatizados.
As startups focadas em inteligência da informação, computação em nuvem, Big Data, realidade virtual e aumentada, manufatura aditiva, desenvolvimento de materiais, de energias sustentáveis e de mecanismos de implantação de sistemas com menor risco, além da customização de produtos e e-commerce continuarão em alta.

2. Indústria Farmacêutica

Para esse segmento, a automação dos processos reduz, consideravelmente, os procedimentos manuais, o que assegura a diminuição do custo operacional, do desperdício de matérias-primas e reagentes, além de um controle melhor de qualidade e de investigação de falhas.

3. Agroindústria

O agronegócio colhe, literalmente, benefícios a partir do uso das tecnologias da indústria 4.0, especialmente a IoT e o Big Data. As máquinas inteligentes permitem ganhos consideráveis em produtividade. Além disso, as inovações se estendem à bioeconomia, com o desenvolvimento de processos limpos e sustentáveis e de recursos renováveis.

4. Indústria alimentícia e de bens de consumo

Já a indústria de alimentos e a de produção de bens de consumo poderão contar não somente com as inovações no chão da fábrica e com os indispensáveis produtos personalizados, mas oferecer, ainda, maior transparência da cadeia produtiva ao consumidor, por meio da realidade aumentada.
Para o cliente ter acesso a todos os dados do produto, desde o histórico das matérias-primas às condições das fábricas, basta escanear seu código de barras — o QR Code é um exemplo dessa tecnologia. Empresas que oferecem essa alternativa saem na frente para elevar a confiança nas relações de consumo.

5. Fornecimento de energia

Desenvolver e viabilizar fontes alternativas de energia, principalmente as renováveis, são demandas para a redução dos custos de produção. Com certeza, o cenário competitivo alinhado às boas práticas de sustentabilidade exigirá tal investimento.

6. Construção civil

Nesse setor, a baixa produtividade, as falhas executivas, a obsolescência e os desperdícios são os principais responsáveis por prejuízos. Por isso, a tecnologia de ponta e a realidade virtual são fundamentais para o desenvolvimento de novas técnicas construtivas e de procedimentos automatizados que reduzam, ao máximo, a interferência humana.
Algumas soluções já trazem resultados promissores, como a geolocalização de alta definição, o uso da metodologia BIM na elaboração dos projetos e a implantação de sistemas de gestão para integração e digitalização dos processos.
Além disso, a IoT e o Big Data têm papel fundamental para análise do grande volume de dados gerados, a fim de facilitar o desenvolvimento de estruturas e sistemas mais inteligentes e eficientes, aprimorar a segurança dos processos e embasar as pesquisas de materiais renováveis e com alto desempenho — nanotecnologia, aerogel, concreto auto curável, pré-moldados, entre muitos outros.

7. Transporte e logística

A distribuição da produção precisa se adequar à demanda do consumidor, que prioriza cada vez mais as compras online e exige comodidade e rapidez no recebimento de seus produtos. Isso exige das empresas parcerias que ampliem sua rede de distribuição e, futuramente, lancem soluções para facilitar o comércio entre fronteiras geográficas.
A tendência é que as oportunidades de negócio na indústria 4.0 se expandam ainda mais, já que todo o setor industrial e as atividades relacionadas precisarão se reinventar para se manter competitivos.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Investir em energia solar traz bons resultados financeiros


A longo prazo, a economia que vem do sol gera bom retorno financeiro


Depois de amargar três meses com bandeira vermelha na conta de luz e custo extra de 3,50 reais a cada 100 quilowatts-hora (kWh), o brasileiro respirou aliviado com a tarifa verde no início do ano, decretada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).­ A tranquilidade vai durar até o próximo período de estiagem, quando, com a redução das chuvas e, consequentemente, do volume de água nas hidrelétricas, o governo acionará as termelétricas para gerar eletricidade. Como essa operação recorre a combustíveis mais caros, como petróleo e carvão, o custo aumenta e pesa no bolso do consumidor.
Seria diferente se o Brasil tivesse um programa robusto de estímulo à geração de energia solar — aproveitando sua condição natural de país tropical e ensolarado. “Estamos uns 15 anos atrasados em relação a ChinaJapão Alemanha — atualmente, os países que mais investem nesse tipo de energia renovável, mesmo sem a exposição solar que temos por aqui”, afirma Rodrigo Lopes Sauaia, presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Segundo o especialista, essa é a forma de produção de energia que mais cresce no mundo. Tanto que, nos Estados Unidos, a modalidade já cria mais empregos do que a indústria de óleo e gás. Naquele país, um de cada 50 novos postos de trabalho é no segmento de energia solar. No Brasil, o setor também vive um momento de expansão. “No ano passado, o número de instalações de sistemas fotovoltaicos cresceu mais de 100%”, diz Rodrigo. “Apesar disso, estamos abaixo do potencial energético que podemos produzir.”
Por aqui, os avanços são resultado tanto da inauguração de grandes usinas fotovoltaicas quanto da adesão de consumidores individuais ao novo sistema. As usinas, que formam a chamada geração centralizada, foram contratadas pelo governo federal em leilões de energia elétrica realizados em 2014 e 2015 e estão localizadas, em grande parte, no Nordeste. A geração distribuída, por sua vez, é a que engloba os consumidores individuais, empresas, comércio e indústrias. Atualmente, há 20 000 sistemas fotovoltaicos em operação no país.
Um deles está instalado na casa do engenheiro Frederico Papa, de 37 anos, morador de Curitiba. “Sempre me preocupei com a questão ambiental e, antes de aderir à energia solar fotovoltaica, pesquisei bastante”, afirma. Ele acompanhou os preços durante três anos e esperou o valor baixar para garantir um retorno mais rápido do investimento. Em maio do ano passado, pagou à vista 9 000 reais por quatro painéis com capacidade total de 1,25 kW — o suficiente para gerar energia na casa onde mora com a mulher.
Tão logo instalou o sistema, o engenheiro viu sua conta de energia de 190 reais cair pela metade. “Com o novo valor, praticamente estou dentro da tarifa mínima de minha cidade”, diz. Frederico considera, no futuro, quando a tecnologia for aprimorada e o Paraná tiver aderido à isenção de ICMS, ampliar seu sistema — principalmente depois da chegada de Otto, seu primeiro filho, cujo nascimento está previsto para abril. “Esse imposto encarece a energia. Eu gero, devolvo o excedente para a companhia e, quando vou usar, preciso pagar ICMS. Não é uma conta justa”, afirma.
Mesmo assim, ele se considera um entusiasta do sistema e o divulga para parentes e amigos. “Digo que é melhor postergar a troca do carro ou da TV e instalar os painéis, que vão durar 25 anos.”
De fato, a tendência é que cada vez mais gente siga os passos de Frederico. A estimativa da Absolar, feita com base numa projeção da Empresa de Pesquisa de Energia (EPE), ligada ao governo federal, é que o país terá em 2024 mais de 1 milhão de sistemas fotovoltaicos em funcionamento. Em 2030, o objetivo é alcançar 25 GW de capacidade instalada por meio de investimentos de mais de 125 bilhões de reais. “O Brasil conta com 81 milhões de potenciais clientes”, afirma o presidente da Absolar.
Ele cita a pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência no ano passado mostrando que 89% dos brasileiros desejam gerar energia renovável em casa. Mas, para isso, o setor precisa vencer uma série de obstáculos, como a falta de uma política industrial eficiente para estimular a fabricação dos componentes fotovoltaicos no país, a escassez de linhas de crédito para aumentar a adesão do consumidor e a elevada carga de impostos.
Eficiente e correta
Apesar de serem uma fonte de energia menos poluente que as termelétricas, as hidrelétricas têm enorme impacto social e ambiental. O principal deles é a inundação de grandes áreas para sua instalação, com prejuízo para a fauna e a flora, e a consequente remoção das populações ribeirinhas. Quanto mais distantes dos centros abastecidos pela eletricidade gerada, maior o gasto com linhas de transmissão. “Imagine o custo de transportar a energia de Belo Monte, no Pará, para outros lugares do Brasil. É um meio caro e pouco eficiente”, afirma Rodrigo Sauaia, da Absolar.
Portanto, a chance de produzir sua eletricidade localmente e de reduzir o valor da conta é um argumento que atrai os consumidores tanto pela responsabilidade ambiental quanto pela economia. Além disso, desde abril de 2012, todo cliente cadastrado
no Ministério da Fazenda com um CPF ou um CNPJ pode ter um sistema de energia elétrica próprio de fontes renováveis. Essa possibilidade foi regulamentada pela Resolução Normativa no 482, da Aneel.
O principal entrave continua sendo o preço da instalação, de 12 000 reais, em média, para uma casa com quatro pessoas. O chamado payback (prazo para retorno do investimento) costuma ser de até oito anos. “Esse tempo varia de acordo com a região — se ela é mais ou menos nublada, o que interfere na produção de eletricidade — e conforme o preço da tarifa cobrada pela distribuidora de cada estado”, afirma Cezar Luiz França Pires, mestre em engenharia civil com ênfase em meio ambiente e professor na Universidade Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro.
Para Cezar, o sistema solar fotovoltaico, além de eficiente e ecologicamente correto, valoriza o imóvel. “Na Califórnia, as residências com painéis custam, em média, 10% mais.” Isso porque, uma vez instalado, o modelo permite diminuir em até 90% o gasto mensal com eletricidade. Tendo em vista que o equipamento dura 25 anos e a manutenção é fácil e barata (basta limpar os painéis a cada três anos), o retorno pode vir em menos tempo — dependendo do custo da tarifa local e dos impostos cobrados.
Mas é preciso alertar que a conta de eletricidade nunca será zerada, por mais energia solar que sua casa produza. “É que as distribuidoras cobram um valor mínimo pelo serviço prestado e o consumidor fica à mercê delas”, afirma a arquiteta Isabella De Loys, que instalou os painéis em sua casa em 2014. Ela aconselha avaliar muito bem o local onde os painéis serão colocados. “Como o sistema funciona com a incidência de luz solar direta, um único ponto de sombra pode afetar a capacidade de geração de energia de todo o sistema.”
Fonte: Exame

Este iPhone X custa R$ 16 mil e pode ser carregado com energia solar

O preço do iPhone X foi bastante criticado durante seu lançamento. No entanto, o celular pode ficar ainda mais caro se, digamos, ele for carregado com energia solar. É o que oferece o iPhone X Tesla, vendido por 284 mil rublos (cerca de R$ 16,8 mil).
Com esse valor, é possível comprar a versão personalizada do iPhone X de 64 GB. Se você preferir a versão de 256 GB, é preciso ter 299 mil rublos (R$ 17,8 mil), sem considerar as taxas. A capa é vendida pela Caviar, loja russa com versões de luxo de smartphones.
A capa do iPhone X Tesla conta com uma bateria que é carregada por meio de um painel fotovoltaico – como os colocados em telhados. Ao apertar um botão presente na capa, é possível fornecer energia para a bateria interna do celular. Software:Aplicativo emula detalhe do notch com iPhone X 
O acessório está ligado diretamente ao smartphone e não é vendido separadamente. Ele conta com revestimento em fibra de carbono e possui certificação IP67, que oferece resistência contra água e poeira.
Quem compra o iPhone X Tesla precisa se acostumar com um aparelho consideravelmente maior. Em sua versão original, o celular da Apple tem 7,7 mm de espessura. Com a capa, esse número salta para 16,2 mm.
A Caviar afirma que, inicialmente, o objetivo era criar uma edição limitada de 99 unidades, com uma numeração individual para cada modelo. Porém, uma demanda maior que o esperado durante a pré-venda fez a produção ser elevada para 999 unidades.
A primeira delas será enviada a Elon Musk, com a gravação da seguinte frase: “Feito na Terra por humanos”. A intenção é homenagear o lançamento do Tesla lançado ao espaço pela SpaceX, outra empresa de Musk.

Energia solar: Brasil bate recorde na micro e minigeração

Residências e lojas são os principais produtores e consumidores da modalidade, que já cresceu 36,6% neste ano

Painéis de energia solar sendo instalado em teto de residência (Foto: Joe Raedle/ Getty Images)
O Brasil atingiu um novo recorde na micro e minigeração de energia a partir de painéis solares, divulgou hoje (16/05) a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). De acordo com a entidade, a potência instalada no país chegou a 250 megawatts, uma alta de 36,6% em relação ao ano passado.
Os números de micro e minigeração de energia se referem às centrais geradoras com potência instalada de, no máximo, 75 kilowatts e 5 megawatts, respectivamente. Elas são geralmente instaladas perto do próprio local de consumo, na maioria das vezes em residências ou estabelecimentos comerciais. Praticamente toda a micro e minigeração de energia elétrica no Brasil tem como fontes os painéis fotovoltaicos.
Segundo a Absolar, dos 27,8 mil sistemas de micro e minigeração de energia conectados à rede, 77% são de consumidores residenciais. Já estabelecimentos de comércio e serviços respondem por 16% do total. Na sequência, aparecem consumidores rurais (3,2%), indústrias (2,4%), prédios públicos (0,8%) e serviços públicos (0,8%).

Apesar disso, quando medida a potência instalada, comércio e serviços respondem pela maior parte (42,8%), com as residências ficando em segundo lugar (39%), o que demonstra que os estabelecimentos comerciais e de serviços têm uma geração bastante maior por unidade.

Minas Gerais (22,9%), Rio Grande do Sul (13,9%) e São Paulo (13,5%) são os estados com a maior potência instalada em unidades micro e minigeradoras.

A potência total instalada para geração de energia a partir da fonte solar no Brasil — contando não só as pequenas, mas também as grandes unidades — ultrapassou no início deste ano a marca de 1 gigawatt. Com isso, o Brasil entrou para o grupo dos 30 principais países que mais utilizam a energia solar fotovoltaica em sua matriz energética. A China, com 78 gigawatts de potência instalada, é a maior produtora.
Fonte: Epoca