quinta-feira, 17 de maio de 2018

Investir em energia solar traz bons resultados financeiros


A longo prazo, a economia que vem do sol gera bom retorno financeiro


Depois de amargar três meses com bandeira vermelha na conta de luz e custo extra de 3,50 reais a cada 100 quilowatts-hora (kWh), o brasileiro respirou aliviado com a tarifa verde no início do ano, decretada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).­ A tranquilidade vai durar até o próximo período de estiagem, quando, com a redução das chuvas e, consequentemente, do volume de água nas hidrelétricas, o governo acionará as termelétricas para gerar eletricidade. Como essa operação recorre a combustíveis mais caros, como petróleo e carvão, o custo aumenta e pesa no bolso do consumidor.
Seria diferente se o Brasil tivesse um programa robusto de estímulo à geração de energia solar — aproveitando sua condição natural de país tropical e ensolarado. “Estamos uns 15 anos atrasados em relação a ChinaJapão Alemanha — atualmente, os países que mais investem nesse tipo de energia renovável, mesmo sem a exposição solar que temos por aqui”, afirma Rodrigo Lopes Sauaia, presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Segundo o especialista, essa é a forma de produção de energia que mais cresce no mundo. Tanto que, nos Estados Unidos, a modalidade já cria mais empregos do que a indústria de óleo e gás. Naquele país, um de cada 50 novos postos de trabalho é no segmento de energia solar. No Brasil, o setor também vive um momento de expansão. “No ano passado, o número de instalações de sistemas fotovoltaicos cresceu mais de 100%”, diz Rodrigo. “Apesar disso, estamos abaixo do potencial energético que podemos produzir.”
Por aqui, os avanços são resultado tanto da inauguração de grandes usinas fotovoltaicas quanto da adesão de consumidores individuais ao novo sistema. As usinas, que formam a chamada geração centralizada, foram contratadas pelo governo federal em leilões de energia elétrica realizados em 2014 e 2015 e estão localizadas, em grande parte, no Nordeste. A geração distribuída, por sua vez, é a que engloba os consumidores individuais, empresas, comércio e indústrias. Atualmente, há 20 000 sistemas fotovoltaicos em operação no país.
Um deles está instalado na casa do engenheiro Frederico Papa, de 37 anos, morador de Curitiba. “Sempre me preocupei com a questão ambiental e, antes de aderir à energia solar fotovoltaica, pesquisei bastante”, afirma. Ele acompanhou os preços durante três anos e esperou o valor baixar para garantir um retorno mais rápido do investimento. Em maio do ano passado, pagou à vista 9 000 reais por quatro painéis com capacidade total de 1,25 kW — o suficiente para gerar energia na casa onde mora com a mulher.
Tão logo instalou o sistema, o engenheiro viu sua conta de energia de 190 reais cair pela metade. “Com o novo valor, praticamente estou dentro da tarifa mínima de minha cidade”, diz. Frederico considera, no futuro, quando a tecnologia for aprimorada e o Paraná tiver aderido à isenção de ICMS, ampliar seu sistema — principalmente depois da chegada de Otto, seu primeiro filho, cujo nascimento está previsto para abril. “Esse imposto encarece a energia. Eu gero, devolvo o excedente para a companhia e, quando vou usar, preciso pagar ICMS. Não é uma conta justa”, afirma.
Mesmo assim, ele se considera um entusiasta do sistema e o divulga para parentes e amigos. “Digo que é melhor postergar a troca do carro ou da TV e instalar os painéis, que vão durar 25 anos.”
De fato, a tendência é que cada vez mais gente siga os passos de Frederico. A estimativa da Absolar, feita com base numa projeção da Empresa de Pesquisa de Energia (EPE), ligada ao governo federal, é que o país terá em 2024 mais de 1 milhão de sistemas fotovoltaicos em funcionamento. Em 2030, o objetivo é alcançar 25 GW de capacidade instalada por meio de investimentos de mais de 125 bilhões de reais. “O Brasil conta com 81 milhões de potenciais clientes”, afirma o presidente da Absolar.
Ele cita a pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência no ano passado mostrando que 89% dos brasileiros desejam gerar energia renovável em casa. Mas, para isso, o setor precisa vencer uma série de obstáculos, como a falta de uma política industrial eficiente para estimular a fabricação dos componentes fotovoltaicos no país, a escassez de linhas de crédito para aumentar a adesão do consumidor e a elevada carga de impostos.
Eficiente e correta
Apesar de serem uma fonte de energia menos poluente que as termelétricas, as hidrelétricas têm enorme impacto social e ambiental. O principal deles é a inundação de grandes áreas para sua instalação, com prejuízo para a fauna e a flora, e a consequente remoção das populações ribeirinhas. Quanto mais distantes dos centros abastecidos pela eletricidade gerada, maior o gasto com linhas de transmissão. “Imagine o custo de transportar a energia de Belo Monte, no Pará, para outros lugares do Brasil. É um meio caro e pouco eficiente”, afirma Rodrigo Sauaia, da Absolar.
Portanto, a chance de produzir sua eletricidade localmente e de reduzir o valor da conta é um argumento que atrai os consumidores tanto pela responsabilidade ambiental quanto pela economia. Além disso, desde abril de 2012, todo cliente cadastrado
no Ministério da Fazenda com um CPF ou um CNPJ pode ter um sistema de energia elétrica próprio de fontes renováveis. Essa possibilidade foi regulamentada pela Resolução Normativa no 482, da Aneel.
O principal entrave continua sendo o preço da instalação, de 12 000 reais, em média, para uma casa com quatro pessoas. O chamado payback (prazo para retorno do investimento) costuma ser de até oito anos. “Esse tempo varia de acordo com a região — se ela é mais ou menos nublada, o que interfere na produção de eletricidade — e conforme o preço da tarifa cobrada pela distribuidora de cada estado”, afirma Cezar Luiz França Pires, mestre em engenharia civil com ênfase em meio ambiente e professor na Universidade Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro.
Para Cezar, o sistema solar fotovoltaico, além de eficiente e ecologicamente correto, valoriza o imóvel. “Na Califórnia, as residências com painéis custam, em média, 10% mais.” Isso porque, uma vez instalado, o modelo permite diminuir em até 90% o gasto mensal com eletricidade. Tendo em vista que o equipamento dura 25 anos e a manutenção é fácil e barata (basta limpar os painéis a cada três anos), o retorno pode vir em menos tempo — dependendo do custo da tarifa local e dos impostos cobrados.
Mas é preciso alertar que a conta de eletricidade nunca será zerada, por mais energia solar que sua casa produza. “É que as distribuidoras cobram um valor mínimo pelo serviço prestado e o consumidor fica à mercê delas”, afirma a arquiteta Isabella De Loys, que instalou os painéis em sua casa em 2014. Ela aconselha avaliar muito bem o local onde os painéis serão colocados. “Como o sistema funciona com a incidência de luz solar direta, um único ponto de sombra pode afetar a capacidade de geração de energia de todo o sistema.”
Fonte: Exame

Este iPhone X custa R$ 16 mil e pode ser carregado com energia solar

O preço do iPhone X foi bastante criticado durante seu lançamento. No entanto, o celular pode ficar ainda mais caro se, digamos, ele for carregado com energia solar. É o que oferece o iPhone X Tesla, vendido por 284 mil rublos (cerca de R$ 16,8 mil).
Com esse valor, é possível comprar a versão personalizada do iPhone X de 64 GB. Se você preferir a versão de 256 GB, é preciso ter 299 mil rublos (R$ 17,8 mil), sem considerar as taxas. A capa é vendida pela Caviar, loja russa com versões de luxo de smartphones.
A capa do iPhone X Tesla conta com uma bateria que é carregada por meio de um painel fotovoltaico – como os colocados em telhados. Ao apertar um botão presente na capa, é possível fornecer energia para a bateria interna do celular. Software:Aplicativo emula detalhe do notch com iPhone X 
O acessório está ligado diretamente ao smartphone e não é vendido separadamente. Ele conta com revestimento em fibra de carbono e possui certificação IP67, que oferece resistência contra água e poeira.
Quem compra o iPhone X Tesla precisa se acostumar com um aparelho consideravelmente maior. Em sua versão original, o celular da Apple tem 7,7 mm de espessura. Com a capa, esse número salta para 16,2 mm.
A Caviar afirma que, inicialmente, o objetivo era criar uma edição limitada de 99 unidades, com uma numeração individual para cada modelo. Porém, uma demanda maior que o esperado durante a pré-venda fez a produção ser elevada para 999 unidades.
A primeira delas será enviada a Elon Musk, com a gravação da seguinte frase: “Feito na Terra por humanos”. A intenção é homenagear o lançamento do Tesla lançado ao espaço pela SpaceX, outra empresa de Musk.

Energia solar: Brasil bate recorde na micro e minigeração

Residências e lojas são os principais produtores e consumidores da modalidade, que já cresceu 36,6% neste ano

Painéis de energia solar sendo instalado em teto de residência (Foto: Joe Raedle/ Getty Images)
O Brasil atingiu um novo recorde na micro e minigeração de energia a partir de painéis solares, divulgou hoje (16/05) a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). De acordo com a entidade, a potência instalada no país chegou a 250 megawatts, uma alta de 36,6% em relação ao ano passado.
Os números de micro e minigeração de energia se referem às centrais geradoras com potência instalada de, no máximo, 75 kilowatts e 5 megawatts, respectivamente. Elas são geralmente instaladas perto do próprio local de consumo, na maioria das vezes em residências ou estabelecimentos comerciais. Praticamente toda a micro e minigeração de energia elétrica no Brasil tem como fontes os painéis fotovoltaicos.
Segundo a Absolar, dos 27,8 mil sistemas de micro e minigeração de energia conectados à rede, 77% são de consumidores residenciais. Já estabelecimentos de comércio e serviços respondem por 16% do total. Na sequência, aparecem consumidores rurais (3,2%), indústrias (2,4%), prédios públicos (0,8%) e serviços públicos (0,8%).

Apesar disso, quando medida a potência instalada, comércio e serviços respondem pela maior parte (42,8%), com as residências ficando em segundo lugar (39%), o que demonstra que os estabelecimentos comerciais e de serviços têm uma geração bastante maior por unidade.

Minas Gerais (22,9%), Rio Grande do Sul (13,9%) e São Paulo (13,5%) são os estados com a maior potência instalada em unidades micro e minigeradoras.

A potência total instalada para geração de energia a partir da fonte solar no Brasil — contando não só as pequenas, mas também as grandes unidades — ultrapassou no início deste ano a marca de 1 gigawatt. Com isso, o Brasil entrou para o grupo dos 30 principais países que mais utilizam a energia solar fotovoltaica em sua matriz energética. A China, com 78 gigawatts de potência instalada, é a maior produtora.
Fonte: Epoca

Manutenção: tipos e tendências


Por vezes verificamos que, entre o pessoal de manutenção, ainda existe alguma confusão quanto à nomenclatura utilizada para definir os tipos de manutenção. Isso se verifica em função de: 
  • Adoção de nomes diferentes de uma indústria para outra;
  • Neologismo próprio por vezes derivado de traduções de algumas línguas estrangeiras;
  • Disseminação do nome dos tipos de manutenção, nem sempre bem explicado ou entendido, mas que ganha o costume local ou particular.
Os nomes podem até variar, mas o conceito deve estar bem compreendido. A firme conceituação permite a escolha do tipo mais conveniente para um determinado equipamento, instalação ou sistema.
Consideramos bastante adequada a seguinte classificação em função dos tipos de manutenção:
  • MANUTENÇÃO CORRETIVA;
  • MANUTENÇÃO PREVENTIVA;
  • MANUTENÇÃO PREDITIVA;
  • MANUTENÇÃO DETECTIVA;
  • ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO
Esses tipos podem ser caracterizados da seguinte maneira:
    1. MANUTENÇÃO CORRETIVA é a atuação para correção da falha ou do desempenho menor que o esperado. Corretiva vem da palavra CORRIGIR. A Manutenção corretiva pode ser dividida em duas classes:
a. Manutenção Corretiva Não Planejada – correção da falha de maneira aleatória, ou seja é a correção da falha ou desempenho menor que o esperado após a ocorrência do fato. Esse tipo de manutenção implica em altos custos pois causa perdas de produção; a extensão dos danos aos equipamentos é maior. Quando só existe corretiva, a manutenção é comandado pelos equipamentos;
b. Manutenção Corretiva Planejada – é a correção que se faz em função de um acompanhamento preditivo, detectivo, ou até pela decisão gerencial de se operar até a falha. Esse tipo de manutenção é PLANEJADA. Tudo que é planejado é sempre mais barato, mais seguro e mais rápido. 
Em algumas indústrias esses 2 tipos de manutenção corretiva são conhecidos como Manutenção Corretiva Previsível e Manutenção Corretiva Não Previsível.
    2. MANUTENÇÃO PREVENTIVA é a atuação realizada para reduzir ou evitar falhas ou queda no desempenho, obedecendo a um planejamento baseado em Intervalos Definidos de TEMPO. 
Um dos segredos de uma boa preventiva está na determinação dos intervalos de tempo. Como, na dúvida, temos a tendência de sermos mais conservadores, os intervalos normalmente são menores que o necessário o que implica em paradas e troca de peças desnecessárias.
A preventiva tem grande aplicação em instalações ou equipamentos cuja falha pode provocar catástrofes ou riscos ao meio ambiente; sistemas complexose/ou de operação contínua.
Como a Manutenção Preventiva está baseada em intervalos de tempo, é conhecida como TIME BASED MAINTENANCE – TBM ou Manutenção Baseada no Tempo. MANUTENÇÃO PREDITIVA é um conjunto de atividades de acompanhamento das variáveis ou parâmetros que indicam a performance ou desempenho dos equipamentos, de modo sistemático, visando definir a necessidade ou não de intervenção.
Quando a intervenção, fruto do acompanhamento preditivo, é realizada estamos fazendo uma MANUTENÇÃO CORRETIVA PLANEJADA.  
Esse tipo de manutenção é conhecido com CONDITION BASED MAINTENANCE– CBM ou Manutenção Baseada na Condição. Permite que os equipamentos operem por mais tempo e a intervenção ocorra com base em dados e não em suposições.
Algumas empresas adotam uma classificação onde a Preventiva engloba as Manutenção Baseada no Tempo e a Manutenção Baseada na Condição, isto é a Preditiva seria um ramo da Preventiva. Optamos por mantê-la separada tendo em vista as características diferentes das duas.
MANUTENÇÃO DETECTIVA é a atuação efetuada em sistemas de proteção ou comando buscando detectar falhas ocultas ou não perceptíveis ao pessoal de operação e manutenção. Um exemplo clássico é o circuito que comanda a entrada de um gerador em um hospital. Se houver falta de energia e o circuito tiver uma falha o gerador não entra. 
Na medida em que aumenta a utilização de instrumentação de comando, controle e automação nas indústrias, maior a necessidade da manutenção detectiva para garantir a confiabilidade dos sistemas e da planta. Esse tipo de manutenção é novo e por isso mesmo muito pouco mencionado no Brasil.  
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO é o conjunto de atividades que permite que a confiabilidade seja aumentada e a disponibilidade garantida. É deixar de ficar consertando, convivendo com problemas crônicos, melhorar padrões e sistemáticas, desenvolver a manutenibilidade, dar feedback ao projeto e interferir tecnicamente nas compras.
Normalmente quem está apagando fogo, vivendo de manutenção corretiva não planejada, não terá tempo para fazer engenharia de manutenção. Mas possivelmente terá tempo para continuar apagando fogo e convivendo com péssimos resultados. É necessário mudar, incorporar a preventiva, a preditiva e fazer engenharia de manutenção.
As TEDENDÊNCIAS atuais, analisadas as empresas que são benchmark, indicam a adoção cada vez maior de técnicas preditivas e a prática da engenharia de manutenção. O quadro abaixo demonstra o porquê, relacionando os tipos de manutenção com os custos.  
A Manutenção é uma atividade de importância estratégica nas empresas, pois ela deve garantir a disponibilidade dos equipamentos e instalações com confiabilidade, segurança e custos adequados. Entender cada tipo de manutenção e aplicar o mais adequado, corretamente, é fator de otimização da nossa atividade e lucro ou sobrevivência para nossa empresa.

quarta-feira, 16 de maio de 2018

A importância da Manutenção


A manutenção deve ser prática constante nas organizações, pois caso o equipamento quebre ou apresente defeitos em operação, o produto não terá o mesmo padrão de qualidade que poderia oferecer caso o equipamento não tivesse apresentado problemas. Além do mais, a interrupção do processo gera uma série de problemas que poderiam ser evitados caso tivesse sido realizada manutenção, tais como:
– reclamações e perda de confiabilidade dos clientes que não serão atendidos no prazo especificado;
– receitas que deixam de ser obtidas;
– custos de reparos dos equipamentos;
– aumento nos índices de acidentes de trabalho, entre outros.

TIPOS DE MANUTENÇÃO

– Manutenção corretiva: tem como objetivo recuperar a capacidade produtiva de um equipamento que tenha perdido ou diminuído sua capacidade de produção.
– Manutenção preventiva: significa prevenir a ocorrência de um problema no processo através da realização de algumas atividades, como trocar peças e óleo, engraxar, limpar etc.. A operação jamais poderá ser interrompida para manutenção sem a mesma ter sido programada. A empresa deve estabelecer um cronograma de manutenções para que não haja interrupção no processo.
– Manutenção preditiva: é realizada através da análise e acompanhamento de alguns aspectos ou condições de equipamentos e instalações, com o objetivo de prevenir o problema para não ocorra no futuro. Por exemplo, a análise do óleo de uma máquina ou o monitoramento das vibrações de uma turbina, poderá evitar um problema futuro.
– Manutenção produtiva total: este tipo de manutenção vai muito além da forma de se fazer manutenção, ou seja, é uma filosofia gerencial que atua na forma organizacional, no comportamento das pessoas, no modo com que tratam os problemas, não só os de manutenção, mas todos ligados ao processo produtivo. Objetiva atingir “zero falha” ou “zero quebra”, buscando evitar que o equipamento quebre em operação. É um tipo de manutenção que não se preocupa somente com a melhoria dos equipamentos, mas principalmente com a melhoria das pessoas que são as responsáveis pela qualidade do produto ou serviço.
Alguns produtos podem chegar ao mercado apresentando falhas devido à falta de manutenção dos equipamentos, assim como da mesma forma, muitos serviços são deficientes devido à falta de treinamento dos colaboradores. Sabendo que depois das pessoas, os equipamentos são o maior recurso da empresa, precisamos ter equipamentos favoreçam o desempenho de nossas funções e também estarmos preparados fabricar um produto ou prestar um serviço com qualidade.

Proposta da primeira usina solar municipal do país é apresentada em Imbituba


Instalar uma usina que possa suprir o consumo de energia de Imbituba (SC) de forma sustentável. Essa ideia foi apresentada pelo Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Instituto IDEAL) e pela Prefeitura Municipal de Imbituba em um seminário realizado na sexta-feira, 6 de abril, no auditório da Câmara de Vereadores do Município, que estava lotado.
A ideia de implementar uma usina solar em Imbituba teve início em 2017. Na época, o presidente do Instituto IDEAL, Mauro Passos, conheceu a escola José Vanderlei Mayer, conhecida como CAIC. Devido a características como boa insolação e um amplo telhado sem sombreamento, Passos sugeriu ao prefeito Rosenvaldo da Silva Júnior que fossem instalados painéis solares nos telhados do colégio para gerar energia para a cidade. A unidade educacional passa por reformas, com orçamento da ordem de R$ 1,5 milhão. A previsão é de que as obras terminem até o fim do ano.
O seminário foi o momento de apresentar a ideia à comunidade. O prefeito, na abertura do encontro, ressaltou a importância do tema e mostrou entusiasmo. “Quando se fala em cuidar do meio ambiente, não adianta pensar apenas em cuidar da Amazônia, em coisas que estão distantes. Temos que cuidar do que é nosso. Temos que promover o uso de energia sustentável no município, cuidar das nossas águas, do tratamento do nosso esgoto. Dessa forma, vamos dar nossa contribuição como cidadãos e como município para esta questão global”, afirmou.
A arquiteta e pesquisadora do Grupo Fotovoltaica-UFSC, Clarissa Debiazi Zomer, realizou a palestra ‘Energia Solar Fotovoltaica & Arquitetura: Integração Ideal para Geração Energética em Centros Urbanos’. A pesquisadora falou tanto de aspectos científicos como econômicos. “A energia solar é a que mais vem crescendo ao longo dos anos, de forma exponencial. O que tem contribuído para isso? O aumento da tarifa de energia elétrica convencional; a redução do custo da energia solar, que se tornou viável; e a preocupação das pessoas e da sociedade em geral para minimizar os impactos do consumo energético”.
O presidente do Instituo IDEAL, Mauro Passos, falou mais especificamente sobre a ideia. “Eu tenho certeza de que este projeto de Imbituba vai ser uma referência para outras cidades e outros Estados. Porque ele é óbvio. Você está tirando despesas do município e incorporando patrimônio. E se a gente vai verificar, fazendo uma conta superficial, o custo de instalação vai ser muito próximo das despesas de energia. Ou seja, estamos agregando patrimônio ao município sem onerá-lo”.
No fim do evento, o Instituto IDEAL e a prefeitura assinaram um Termo de Parceria. O próximo passo é iniciar os estudos para a implementação da usina.

Indústria no RS produz cuias com energia do sol

Fábrica Cuias Jadi, de Frederico Westphalen (RS), produz cuias com o uso de energia solar e espera um retorno de investimento em cinco anos.
As cuias de chimarrão da fábrica Cuias Jadi, de Frederico Westphalen (RS), são comercializadas principalmente no Sul do Brasil, mas também são vendidas no exterior, em países como Argentina, Estados Unidos, Canadá e Alemanha. E, desde outubro de 2017, os produtos possuem um diferencial: o Selo Solar. “É um reconhecimento do nosso trabalho que chega inclusive a outros países. Estamos muito contentes”, afirmou Valéria Ciocari Trevisol, proprietária da empresa junto com o marido Jadir Trevisol.
O fato de produzir sua própria energia, de forma sustentável, e, assim, ter um diferencial comercial, foi um dos motivos que levou os proprietários a investir na energia solar. Mas o que mais pesou mesmo foi a possibilidade de retorno econômico, mais uma prova de que os custos para a implementação desta forma de energia estão caindo.
Segundo Valéria, a empresa tinha capital de giro para investir na tecnologia, mas optou por manter estes recursos em caixa e fazer um financiamento no banco Sicredi. Tudo foi intermediado pela Marsol Energia, uma empresa da cidade. “O custo inicial era alto, mas vimos que teria retorno com o tempo e decidimos investir. Estávamos visualizando o futuro”, contou.
O custo do sistema, com potência de 9,1 kWp, foi de R$ 62 mil, financiado em três anos. A conta de energia, que era de cerca de 800 a 1000 reais por mês, passou para aproximadamente 140, 200 reais. “Teremos o retorno em cinco anos. E, como o sistema tem uma vida útil de no mínimo 25 anos, teremos pelo menos 20 anos de lucro pela frente”, avaliou Valéria.

Dicas para especificar e comprar banheiras, jacuzzis, ofurôs e spas

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Diante da variedade de banheiras, jacuzzis, ofurôs e spas, é preciso se atentar a diversos fatores antes de escolher o modelo mais adequado (Foto: Jomar Bragança)


Equipamentos para banhos relaxantes podem ser instalados em áreas internas ou externas, mas precisam de dimensionamento correto e de instalações de água e esgoto apropriadas

Símbolos de luxo e conforto, banheirasjacuzzis, ofurôs e spas são equipamentos de alto custo que precisam ser corretamente dimensionados e especificados para garantir o pleno aproveitamento por seus usuários. Diante de uma ampla variedade de soluções – das banheiras de imersão às tecnológicas hidromassagens – uma dúvida é recorrente: como escolher o modelo mais adequado? Confira a seguir seis dicas que vão ajudar na tomada de decisão.

1 - ANALISE O PERFIL DO USUÁRIO

Algumas pessoas buscam uma banheira para usá-la individualmente, em um ritual de relaxamento e descompressão. Outras querem um espaço para ser compartilhado. Há quem não abra mão de jatos para massagem e quem se satisfaz com a imersão
Luiz Bianchi
Tudo deve começar por um estudo sobre o usuário. “Algumas pessoas buscam uma banheira para usá-la individualmente, em um ritual de relaxamento e descompressão. Outras querem um espaço para ser compartilhado. Há quem não abra mão de jatos para massagem e quem se satisfaz com a imersão”, comenta Luiz Bianchi, diretor comercial da Interbagno.

2 - CONSIDERE O TAMANHO E AS CARACTERÍSTICAS DO ESPAÇO

Uma vez definido o tipo de banho que se quer, parte-se para a avaliação do local que irá receber a banheira, que deve compatibilizar a área disponível com o desejo dos usuários. De modo geral, as banheiras de imersão são mais fáceis de inserir em ambientes preexistentes porque são self-standing ou free-standing, ou seja, podem ser colocadas sobre o piso, como um móvel. Esse tipo de banheira tem como principal atributo o design refinado. Em contrapartida, justamente por suas formas mais orgânicas, não devem ser coladas na parede (precisam ficar “soltas” no espaço) sob o risco de comprometer a limpeza no entorno.
Para quem tem pouco espaço disponível, outra alternativa é o ofurô, variação tradicional japonesa das banheiras de imersão. Um ofurô oval com um metro de diâmetro, por exemplo, já é suficiente para permitir banhos individuais.
Os spas (instalados em áreas externas para banhos de três ou mais pessoas simultaneamente) e as banheiras de hidromassagem demandam mais área para instalação. Para se ter uma ideia, um spa para cinco pessoas pode medir 2,40 m de comprimento. Embora grandes, as banheiras de hidromassagem podem ter formas variadas (redonda, quadrada, de canto), adaptando-se melhor às necessidades de cada projeto.

3 - OBSERVE OS PRÉ-REQUISITOS PARA INSTALAÇÃO

Para funcionarem, as banheiras de imersão e os ofurôs exigem conexão com rede de esgoto e acesso à água quente e fria. A alimentação pode se dar por uma bica de parede ou misturador de piso. Já as banheiras de hidromassagem demandam, além de saída de esgoto e entrada de água, eletricidade com disjuntores específicos. O mesmo ocorre com os spas, que também precisam ser colocados sobre pisos previamente nivelados.
Em edifícios, deve-se dar atenção especial à análise estrutural das construções. Tal cuidado é importante para garantir que o local tenha capacidade de carga suficiente para suportar o reservatório de água cheio. Isso vale principalmente para peças instaladas em varandas.

4 - CONHEÇA A MATÉRIA-PRIMA

Tradicionalmente, as banheiras são produzidas com fibra de vidro e ferro fundido esmaltado. Mas o desenvolvimento tecnológico permitiu à indústria aproveitar-se de materiais mais nobres, com maior durabilidade e acabamento. É o caso do acrílico (de aspecto brilhante) de custo competitivo e bom resultado estético.
Outro material em alta para banheiras é o solid, produzido a partir da combinação de matéria-prima mineral e acrílico. Entre as vantagens desse composto destacam-se a retenção de calor, a possibilidade de ficar exposto ao sol e à chuva e a maior resistência ao desgaste (por ser uma massa única, e não um material revestido). Todas essas propriedades implicam em um custo mais elevado e em maior peso. Enquanto uma banheira de acrílico pesa em torno de 50 quilos, uma de mesmo tamanho em solid passa de 120 quilos.

5 - COMPARE CUSTOS DE MODO GLOBAL

O preço de banheiras de imersão, ofurôs, banheiras de hidromassagens e spas pode variar bastante em função do tamanho da peça, da matéria-prima utilizada e da tecnologia empregada. Segundo Claudia Terra Silveira, da Riolax São Paulo, no caso das hidromassagens também influenciam o preço a quantidade de jatos e motores e a inserção de acessórios como telas de cristal líquido, som integrado, cromoterapia, frigobar e sistema de bolhas (air blower).
A comparação de custo entre diferentes banheiras precisa considerar também o valor de instalação. Esse é um ponto crítico dos modelos de hidromassagem tradicionais, normalmente embutidos em alvenaria revestida com mármore (material de alto custo).

6 - ATENTE A RUÍDOS E À MANUTENÇÃO

Para as banheiras motorizadas, vale observar o nível de ruído gerado que, a depender do modelo escolhido, pode ser excessivamente alto. Para usuários sensíveis, a recomendação é optar por modelos com motores mais silenciosos e/ou com placas de fechamento especiais para maior isolamento das bombas.
Os motores também precisam de cuidados especiais no projeto. Eles precisam estar protegidos de água e produtos químicos e ter ventilação adequada
Gislene Lopes
Os produtos disponíveis variam bastante no quesito manutenção. Algumas banheiras contam com sistema de desinfecção composto por reservatório de desinfetante. Outras usam jatos de ar que secam internamente a tubulação evitando água parada e contaminações. “Os motores também precisam de cuidados especiais no projeto. Eles precisam estar protegidos de água e produtos químicos e ter ventilação adequada”, destaca a arquiteta Gislene Lopes.

Atualização do sistema elétrico em edificações pode trazer economia

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O investimento na modernização do sistema pode garantir a redução do consumo de energia (foto: shutterstock/franz12)


Ações de modernização – como troca de equipamentos e reformas – são capazes de proporcionar de 15 a 20% de redução de custos com energia elétrica. Saiba mais

As constantes elevações nos valores das tarifas de energia representam custos ainda maiores para edificações com sistemas elétricos defasados. Afinal, esse tipo de circuito acaba consumindo mais eletricidade do que os atualizados. Para solucionar o problema, há uma série de ações a serem realizadas. “Nesses casos, é normal encontrar potenciais economias de 15 a 20% em edifícios comerciais, com retorno financeiro de três anos ou menos”, diz o engenheiro Edward Borgstein, especialista em eficiência energética e titular da Mitsidi Projetos.
Entre as intervenções que podem ser executadas estão medidas de gestão da operação, sem envolver valores financeiros; ações de melhoria da manutenção ou correção de sistemas, com baixo custo; e a troca de equipamentos e reformas de edifícios, que implicam investimentos mais altos, mas que se pagarão ao longo do tempo.

OS VILÕES DO CONSUMO

Buscamos sempre executar os retrofits em conjunto com outras reformas necessárias. Chamamos esses momentos de ‘pontos de oportunidade’
Edward Borgstein
Tanto em empreendimentos residenciais, incluindo os unifamiliares, quanto nos comerciais, um dos sistemas que mais usa energia é o ar-condicionado. Esse protagonismo pode variar dependendo da tipologia da solução e do clima local, porém não deixa de ser uma tecnologia que sempre aparece entre as grandes consumidoras de eletricidade. Já nos prédios comerciais, o setor de TI, devido aos data centers, por exemplo, costuma se sobressair nesse ranking.
No entanto, nem sempre é verdade que esses sistemas precisam passar pelo processo de atualização visando a eficiência. Antes de qualquer tipo de mudança, o primeiro passo é buscar a melhor gestão da energia, através de profissional especializado. “Com essa ação, será possível identificar os sistemas e soluções mais adequados para o edifício ou portfólio de empreendimentos”, fala Borgstein.

ATUALIZANDO O SISTEMA ELÉTRICO

Gerenciamento da operação é o processo que envolve a verificação do desempenho do sistema elétrico. Caso essa ação determine a necessidade de alguma alteração no circuito, como a troca de equipamentos defeituosos, o procedimento pode ser executado sem maiores transtornos aos ocupantes da edificação.
No entanto, quando é constatada a exigência de reforma total do sistema, o projeto precisa ser pensado de maneira a causar o mínimo de impacto aos moradores. “Buscamos sempre executar os retrofits em conjunto com outras reformas necessárias. Chamamos esses momentos de ‘pontos de oportunidade’. É muito mais viável realizar a atualização do sistema de iluminação durante uma alteração do layout do edifício, por exemplo”, conta Borgstein.

ATRPALHANDO A EFICIÊNCIA

Desde o projeto até a fase de utilização, passando pela execução, falhas podem atrapalhar a conquista da máxima eficiência energética em um sistema. É interessante observar que há impactos de diversas causas — como erros de projeto, falta de comissionamento, alterações no uso do edifício e necessidade de atualização.
“Porém, a maior interferência é causada pela baixa qualidade dos procedimentos de operação e manutenção (O&M) e pela falta de processos organizados de gestão energética”, informa o engenheiro.

FREQUÊNCIA DE ATUALIZAÇÕES

Pensar no sistema elétrico de determinada edificação significa envolver diferentes tipos de tecnologias e materiais. Por se tratar de um conjunto bastante complexo, não é possível determinar a vida útil de toda a instalação.
O importante é acompanhar e monitorar constantemente o desempenho do sistema para saber quando será necessário substituir algum material ou reformar
Edward Borgstein
Por isso, as várias partes do projeto necessitam de análises exclusivas. “Um sistema central de ar-condicionado pode ter uma vida de 20 anos, enquanto a iluminação dura menos tempo”, exemplifica o especialista.
Assim, é difícil pensar em uma equação única para determinar a frequência ideal para sua atualização. “O importante é acompanhar e monitorar constantemente o desempenho do sistema para saber quando será necessário substituir algum material ou reformar”, recomenda o engenheiro.

ENERGIAS RENOVÁVEIS

Solução que também auxilia na redução de custos com as tarifas de energia é o uso de microgeração através de fontes renováveis. “O aproveitamento de painéis fotovoltaicos é o que tem o maior potencial no Brasil, devido ao clima e altos níveis de insolação. A tecnologia tem registrado rápida queda de preço, e, atualmente, está financeiramente atrativa em muitas regiões. A quantidade de instalações no Brasil cresce exponencialmente”, fala o engenheiro.
Porém, esta não é a única opção disponível. Entre as demais alternativas, destacam-se a cogeração (que permite a geração de energia térmica e elétrica), os equipamentos eólicos e as baterias para armazenamento de energia, adotadas em casos específicos.

ZERO ENERGY BUILDING

Atualmente, é viável projetar um edifício que produz a sua própria energia ao longo do ano, como os Net Zero Energy (Edifícios de Energia Zero). Recentemente, o GBC Brasil publicou certificação para esse tipo de empreendimento.
“Já em edifícios existentes, o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) publica benchmarks que podem ser utilizados para avaliar e acompanhar o desempenho do prédio ao longo do ano, além de identificar seu potencial para melhoria. A entidade também produz guias para diagnóstico energético e eficiência energética em edifícios existentes, disponíveis em seu site na internet”, finaliza Borgstein.